Saúde

Câncer de pele é o mais comum entre brasileiros

São 106 milhões de brasileiros que se expõem ao sol de maneira intencional nas atividades de lazer. E ainda, 95 milhões de pessoas no país não se protegem do sol de maneira regular. Isso inclui filtro solar, chapéu, boné ou blusas compridas. As informações são da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD.
A campanha da SBD – intitulada Dezembro Laranja – existe para estimular a população na prevenção e no diagnóstico ao câncer da pele. No IBCC vamos estimular as pessoas a compartilhar nas redes sociais uma foto vestindo uma peça de roupa laranja, publicando-a com a hashtag #DezembroLaranjaIBCC.

De acordo com o médico dermatologista do IBCC, Dr. Aldo Toschi (foto), é preciso se atentar aos cuidados contra um tipo de câncer dos mais comuns entre os brasileiros e que representa 30% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Apesar de a pele ser o maior órgão do corpo humano, são poucos aqueles que preocupam-se com a incidência dos raios de sol. “Filtro solar é essencial para pessoas de pele clara quando expostas ao sol por um tempo mais prolongado, mas as pessoas de pele mais escura devem se proteger também”, explica o médico. No ano passado, segundo o INCA, foram 181.430 novos casos.

Tipos de câncer
Ele explica que existem dois tipos de câncer de pele, os não-melanomas e os melanomas. Os não-melanomas representam 94% do total dos casos de câncer de pele e os dois tipos mais comuns são o basocelular (carcinoma de células basais) e o espinocelular (carcinoma de células escamosas). Ambos acontecem quando há exposição crônica ao sol e atingem mais pessoas de pele e olhos claros e adultos acima de 40. “O câncer de pele do tipo não-melanoma tem uma incidência alta, mas se tratado precocemente o percentual de cura também é alto” explica o dermatologista. Ele alerta ainda que a maioria dos tumores de pele são benignos. “Mas mesmo quando benignos servem como um sinal de preocupação e devem ser tratados com um especialista”, acrescenta.

Já o melanoma é um tipo menos frequente, tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.

Riscos
Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol, como nos fototipos I e II, têm mais risco de desenvolver a doença, que também pode manifestar-se em indivíduos negros ou de fototipos mais altos, ainda que mais raramente. O melanoma tem origem nos melanócitos, células que produzem a melanina, o pigmento que dá cor à pele. Normalmente, surge nas áreas do corpo mais expostas à radiação solar. Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de se espalhar para outros órgãos (metástase) e diminui as possibilidades de cura. (da Sociedade Brasileira de Dermatologia).

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