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Percentual de famílias endividadas volta a crescer e atinge 72,2% em janeiro

O percentual de famílias endividadas no Rio Grande do Sul apresentou alta em janeiro alcançando 72,2%. A elevação foi tanto na comparação com o mesmo período do ano anterior como no confronto com dezembro passado . O atual cenário de queda na taxa básica de juros e de recuperação do mercado de trabalho vem colaborando para a alta na tomada de crédito por parte dos consumidores. “A expectativa de aquecimento da economia e perspectivas mais positivas para o mercado de trabalho colaboram para o aumento do endividamento voluntário, isto é, da tomada de crédito derivada do maior nível de confiança”, pondera o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, ao analisar os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) divulgados nesta quarta-feira (31).

A PEIC de janeiro/2018 mostrou que o endividamento das famílias continua comprometendo, na média em 12 meses, 32,9% da renda mensal com duração média de 8,0 meses. O cartão de crédito continua com o maior peso na composição do endividamento dos gaúchos (78,5%), seguido por carnês (45,3%), crédito pessoal (17,2%) e financiamento de veículos (13,0%).

A situação de inadimplência avançou e permaneceu em nível elevado: o percentual de famílias com dívidas em atraso em janeiro/2018 (46,2%) aumentou significativamente em relação a janeiro/2017 (27,7%). Com esse resultado, o índice de famílias gaúchas em situação de inadimplência voltou a registrar aumento, alcançando um dos patamares mais altos da série histórica. Ainda que a taxa de desocupação tenha diminuído nos últimos meses, esse indicador vem sendo puxado por empregos informais e por conta própria – que se caracterizam por uma remuneração mais baixa do que a média, além de maior irregularidade temporais no recebimento. Além disso, o quadro de atrasos nos pagamentos do funcionalismo também pode estar contribuindo com essa situação .

Já o percentual de gaúchos sem condições de honrar suas dívidas vencidas no prazo de 30 dias apresentou queda, saindo de 14,6% em janeiro/2017 para 6,9% em janeiro/2018. O comportamento do indicador – em sua quinta queda consecutiva tanto na comparação interanual quanto na marginal – é reflexo do maior número de pessoas ocupadas, fato que contribui para a redução da persistência na inadimplência.

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