Rio Grande do Sul

Endividamento das famílias gaúchas chega a 70,1% em fevereiro

O mês de fevereiro registrou elevação no nível de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) no Rio Grande do Sul, conforme pesquisa da Fecomércio-RS. Os dados divulgados nesta sexta-feira (9),mostram que o percentual ficou em 70,1% contra 68,0% do mesmo período do ano passado. A perspectiva de pagamento de dívidas em atraso, no entanto, seguiu em recuperação em fevereiro/18. A pesquisa pode ser conferida aqui e aqui.

Segundo a pesquisa, o cenário atual de taxa básica de juros reduzida e mercado de trabalho em recuperação contribuiu para o avanço do endividamento na comparação interanual. A alta no endividamento reflete principalmente o aumento concessão de crédito para pessoa física. “Embora a recuperação do mercado de trabalho venha ocorrendo com a geração de postos informais, ela tem ajudado na queda do nível de endividamento das famílias com renda de até 10 salários mínimos”, destaca o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Em fevereiro/2018, houve estabilidade no indicador que mede a parcela da renda comprometida com dívidas, atingindo 32,8%, enquanto o tempo de comprometimento da dívida no período de 12 meses caiu para 7,9 meses. O cartão de crédito continua com o maior peso na composição do endividamento dos gaúchos (76,8%), seguido por carnês (42,1%), crédito pessoal (19,3%) e financiamento de veículos (11,2%).

O percentual de famílias com dívidas em atraso cresceu na comparação interanual, saindo de 28,8% em fevereiro/2017 para 40,5% em fevereiro/2018. De acordo com a pesquisa, embora os rendimentos das famílias tenham melhorado no período, muitas famílias ainda não conseguem honrar suas dívidas no prazo. Parte desta dificuldade é reflexo do parcelamento dos salários do funcionalismo gaúcho.

O número de gaúchos que não terão condições de honrar suas dívidas vencidas no prazo de 30 dias apresentou queda significativa, passando de 15,8% em fevereiro/2017 para 6,8% em fevereiro/2018. De acordo com a Fecomércio-RS, o aumento no contingente de pessoas ocupadas, mesmo que em posições informais ou por conta própria, contribui para o desse percentual.

Informações da Fecomércio-RS

Botão Voltar ao topo