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de Young Museum, em San Francisco, apresenta “Cult of the Machine”

Exposição reflete sobre impacto da tecnologia no passado e presente

Sugerindo possíveis paralelos às indústrias de tecnologia do Vale do Silício, em sua nova exposição, o de Young Museum, em San Francisco, realiza conexões entre o passado e o presente através de pinturas, fotografia, cinema e design.  Com mais de 100 obras-primas do Preciosismo americano de modernistas como Charles Sheeler, Georgia O’Keeffe e Charles Demuth, “Cult of the Machine” tem abertura marcada para o dia 24 de março.

Caracterizado por composições geométricas altamente estruturadas, o Preciosismo – estilo surgido nos Estados Unidos em 1910 que floresceu durante os anos 20 e 30 – reconciliou o realismo com a abstração, entrando em harmonia com movimentos de arte europeus como Purismo, Cubismo e Futurismo, até se transformar em uma estética simplificada e “mecanizada”. Realizada pela Associação dos Museus de Belas Artes de San Francisco, esta é a primeira e maior exposição em mais de 20 anos a estudar o estilo modernista caracteristicamente americano do início do século XX.

Em plena Quarta Revolução Industrial, as tensões sobre a industrialização expressas nas obras dos Preciosistas trazem reflexões atuais para o público contemporâneo. Num tempo em que robôs substituem com eficácia o trabalho humano em várias funções, “Cult of the Machine” ressalta muitos dos mesmos medos de quase cem anos atrás sobre os desconhecidos caminhos da modernização.

“Este projeto irá ressoar no epicentro das emergentes indústrias de tecnologia do Vale do Silício”, conta Max Hollein, CEO e Diretor da Associação dos Museus de Belas Artes de San Francisco. “Assim como nossos visitantes, frequentemente refletimos sobre como nosso cotidiano é afetado por novas tecnologias – como os Preciosistas fizeram há quase um século atrás. Esteticamente estas são obras-primas, mas talvez elas representem algo maior. Como todas as grandes obras de arte, elas transcendem seu momento histórico e nos dão percepções sobre nosso presente e futuro”.

A exposição lançará luz acadêmica sobre preocupações estéticas e intelectuais que sustentam o desenvolvimento desta importante vertente do início do modernismo americano, a fim de explorar as origens de seu estilo, sua relação com a fotografia e o reflexo estético e conceitual das mudanças econômicas e sociais causadas pela industrialização e tecnologia.

Experiência imersiva

Visitantes entrarão na exposição através de um ambiente imersivo, com projeções de filmes como “Tempos Modernos”, de Charlie Chaplin, que transmitem uma noção da monotonia repetitiva da linha de montagem. Em uma das galerias, uma enorme montagem com manchetes de jornais atuais e antigos destacam as ansiedades sobre o desemprego tecnológico que existia naquela época e agora.

Uma História Digital gratuita também esta disponível para o público acessá-la de qualquer lugar do mundo, onde o visitante poderá mergulhar no universo da exposição, descubrindo conexões surpreendentes e como a inovação pode redefinir nossa humanidade.

“Cult of the Machine” reflete as mudanças econômicas e sociais provocadas pela industrialização e pelo progresso tecnológico durante a Era das Máquinas na América. Os visitantes serão encorajados a traçar conexões com nosso próprio momento tecnológico, no qual otimismo e sonhos sobre o que o progresso pode alcançar se misturam com ansiedade ou suspeita sobre seus potenciais perigos e abusos. A exposição tem curadoria de Emma Acker, curadora da Associação dos Museus de Belas Artes de San Francisco.

Cult of the Machine: Precisionism and American Art
de Young Museum (Golden Gate Park)
De 24 de março a 12 de agosto
De terça a domingo, das 9h30 às 17h15
Aberto até às 20h45 nas sextas
Ingresso: 28 dólares
Mais informações em deyoung.famsf.org/visit-us
Para acessar a História Digital: dystories.org/machine

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