A música e a dança gaúchas deixaram o salão Alberto Pasqualini, no Palácio Piratini, ainda mais bonito. Integrantes de entidades tradicionalistas de São Borja abriram e encerraram a solenidade que deu ao município da Fronteira Oeste o título de Capital Gaúcha do Fandango.
O governador José Ivo Sartori sancionou a lei nesta terça-feira (9). O fandango é um estilo musical que surgiu na Península Ibérica (Portugal e Espanha), com forte influência árabe, e que há décadas faz parte da cultura do Rio Grande do Sul. Aqui, os gaúchos usam a palavra para se referir aos bailes nativistas, que misturam diferentes ritmos e danças.
O Projeto de Lei (PL) 91/2017 é de autoria do deputado estadual Lucas Redecker e foi aprovado pela Assembleia Legislativa por 45 votos a favor e nenhum contra, no dia 5 de dezembro de 2017.
Para o prefeito Eduardo Bonotto, o título faz jus ao grande número de bailes e conjuntos de fandango de São Borja. Na Semana Farroupilha do ano passado, por exemplo, foram 35 bailes em cinco entidades ligadas ao Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). “É um reconhecimento ao trabalho que as entidades e os cidadãos vêm fazendo há muitos anos. Temos atividades o ano inteiro, não apenas na Semana Farroupilha. Isso vai nos ajudar a desenvolver ainda mais o nosso potencial turístico”, disse.
Fundada em 1682 pelos jesuítas e, atualmente, com cerca de 63 mil habitantes (IBGE/2015), São Borja tem a civilização mais antiga do Rio Grande do Sul e uma das mais antigas do Brasil. É a primeira cidade dos Sete Povos das Missões. Por ser o local onde nasceram os ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart, também é conhecida como a “terra dos presidentes”.
O cantor César Oliveira prestigiou a solenidade. Entre os artistas que se apresentaram, estava o 1º Guri Farroupilha 2017/2018, Pedro Ernani Dorneles Lago, do CTG Tropilha Crioula, de São Borja. Ele tocou uma das músicas favoritas do governador, “Oh de Casa!”.