A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) está reunindo relatos de pacientes com câncer de mama metastático HER 2+ cujo acesso ao trastuzumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) está comprometido. De acordo com normativa do Ministério da Saúde, que prevê o prazo máximo de 180 dias para incorporação após publicação no Diário Oficial da União, o medicamento deveria estar disponível desde 29 de janeiro.
Mulheres de todo o País relatam dificuldade na aquisição do trastuzumabe: a FEMAMA visa captar esses dados levá-los ao Ministério Público. Para denunciar o descumprimento basta preencher o formulário disponível aqui. “É inadmissível que essas pacientes sejam expostas a esse tipo de situação: a incorporação do medicamento já deveria estar efetivada, para que mulheres que enfrentam câncer de mama metastático HER2+ tivessem a chance de viver mais e melhor”, alega a Dra. Maira Caleffi, presidente da FEMAMA.
A iniciativa faz parte de um rastreamento organizado pela instituição, com o objetivo de lutar pelo acesso ao tratamento contra o câncer de mama metastático, estágio mais grave da doença, na rede pública de saúde. O primeiro passo aconteceu em menção ao Dia Mundial do Câncer, no qual as ONGs que integram a Federação entregaram ofícios às Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde questionando sobre a disponibilidade do trastuzumabe.
“A principal bandeira da FEMAMA é essa – não à toa, desde o início do ano, estamos mobilizados para fiscalizar a disponibilidade do medicamento a todas e em todas as regiões do Brasil. Não descansaremos até que todas as pacientes com câncer de mama metastático HER2+ tenham o direito ao tratamento mais efetivo e capaz a aumentar seu tempo de vida”, afirma Caleffi.
A substância, que mudou a forma como o câncer de mama é tratado no mundo, figura na Lista de Medicamentos Essenciais para combater a doença, criada pela OMS e é usada para orientar governos na decisão de oferta de alternativas terapêuticas à população.