Negócios

Startup brasileira vence desafio latino-americano de empreendedorismo em saúde

Com um protótipo de teste genético para saúde bucal, que busca a detecção de bactérias associadas a cáries dentárias e doenças periodontal, a Scheme Lab, startup que atua no segmento de diagnóstico molecular, acaba de ser anunciada como a vencedora de um desafio realizado entre startups de toda a América Latina. O desafio foi feito pela Janssen, empresa farmacêutica da Johnson & Johnson, e a Johnson & Johnson Consumo em parceria com o movimento 100 Open Startups. O teste a ser desenvolvido pode ser utilizado para detecção de doenças e também para prescrever tratamentos. O resultado foi anunciado ontem durante a Oiweek, em São Paulo.

Fundada em 2012 pelos biólogos John Katz e Alessandra Bizeray, a Scheme Lab desenvolve kits inovadores de diagnóstico molecular chamados de Point-of-care (PoC), que podem ser utilizados em qualquer estrutura laboratorial, em uso remoto ou industrial. Como reconhecimento pelo prêmio, os pesquisadores poderão escolher entre um período de incubação no JLABS, em Houston, ou um subsídio no valor de 25 mil dólares. Os JLABS são laboratórios de incubação da Johnson & Johnson onde as empresas têm acesso aos mais modernos equipamentos, especialistas e investidores, tudo em um ambiente voltado à inovação nas áreas farmacêutica, de equipamentos médicos e produtos de consumo.

Atualmente, dez JLABS estão situados em San Diego, San Francisco [2], NY, Boston [2], Houston, Toronto, Bélgica e Xangai, com mais de 170 empresas residentes. Desde sua criação, há cinco anos, mais de 22 desafios já foram lançados no mundo com mais de US$ 4 milhões investidos nas empresas ganhadoras, além da oportunidade de incubação. O desafio cujo resultado foi anunciado ontem reuniu startups com ideias inovadoras, tecnologias ou soluções nas áreas específicas de: dispositivos pessoais, ativos naturais e microbioma, oncologia, neurociências e doenças infecciosas.

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Em 2017, o desafio teve como tema o “Envelhecimento da População”. A vencedora foi a startup HooBox, que desenvolveu um software de reconhecimento facial que se utiliza de uma câmera 3D para mapear expressões faciais. O projeto vitorioso foi um kit que pode ser instalado em menos de 7 minutos em qualquer cadeira de rodas motorizada, usando as expressões faciais para movimentar a cadeira de rodas. Paulo Gurgel Pinheiro, CEO e cofundador da HooBox, já está no JLABS Houston, trabalhando no desenvolvimento da tecnologia e negócios da startup.

Quick Fire Challenge

Outro exemplo de intercâmbio científico foi o apoio a estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-COPPE) sobre o Zika vírus, em 2016. Pela primeira vez, um projeto brasileiro venceu um desafio do JLABS. Durante seis meses, a pesquisadora Leda Castilho e sua equipe tiveram acesso a laboratórios de última geração, mentoria e infraestrutura de ponta para acelerar sua pesquisa.

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