O crescimento exponencial da música eletrônica no Brasil nos últimos anos é indiscutível. O estilo foi um dos que mais se popularizou na era do streaming e garantiu ao país o status de referência no mapa da música eletrônica mundial, recebendo e produzindo grandes festivais dedicados ao segmento e projetando nomes de djs brasileiros para todo o mundo, a exemplo de Alok, Vintage Culture e Tropkllaz.
Tamanha ascensão também abriu portas para novos talentos brasileiros que procuram seu lugar ao sol no universo da música eletrônica. É o caso do curitibano Matheus Gobbi, DJ e produtor musical formado pelo Centro Europeu/Aimec, principal escola de música eletrônica do país. Aos 19 anos de idade, ele já produziu tracks para diversas gravadoras, possui dois álbuns autorais e é uma das maiores apostas do estilo para os próximos anos.
A história do DJ Gobbi na música eletrônica surgiu ainda cedo, aos 15 anos, por meio da influência do irmão mais velho que na época, 2012, estava se envolvendo com a arte de discotecar e deu os primeiros ensinamentos para o então garoto entusiasta com a cena. Conforme o interesse pela música eletrônica cresceu, Matheus se dedicou aos estudos e aperfeiçoamento para poder atuar de forma profissional na cena curitibana, participando de competições de discotecagem e sendo convidado para compor diversos lines do circuito underground de festas da cidade. “Gosto de escutar artistas novos que me apresentem conteúdo novo e ideias novas, e a cena mais underground acaba sendo um terreno bem fértil para isso”, comenta Gobbi.
Atualmente, o curitibano estuda engenharia de áudio em Melbourne, na Austrália, e acaba de lançar seu segundo álbum, intitulado “Cafundó”. O trabalho é sucessor de “Cântaro”, primeiro disco de Gobbi, que o apresentou para o mercado internacional e o projetou como um representante brasileiro de uma identidade musical única, criativa e repleta de influências em vários gêneros indo do Techno a MPB.