Em dia mundial, ONU pede que mais pessoas doem sangue
Para marcar o Dia Mundial do Doador de Sangue, lembrado amanhã (14), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) pede que mais pessoas se voluntariem para doar sangue. Desde 2015, apenas 45% do sangue para transfusões na América Latina e no Caribe foi obtido por meio de contribuições espontâneas do público. Número representa aumento na comparação com os 38,5% de 2013, mas está bem abaixo da meta de 100% da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o tema “Seja solidário. Doe Sangue. Compartilhe vida”, a agência da ONU para as Américas faz campanha para ampliar o número doadores. O organismo regional também cobra melhorias para tornar os serviços associados à coleta, distribuição e transfusão de sangue mais eficientes.
“É essencial que cada país coloque em prática políticas, sistemas e estruturas que garantam a segurança, qualidade e disponibilidade de sangue e hemoderivados para atender às necessidades de todos os pacientes que necessitam”, aponta Mauricio Beltran Duran, assessor regional para serviços de sangue e transplantes da OPAS.
De acordo com a organização, doações podem evitar milhões de mortes a cada ano, incluindo as por acidentes de trânsito, várias formas de câncer e outros problemas de saúde. As contribuições ajudam pacientes com doenças potencialmente fatais a viverem mais tempo e com maior qualidade de vida. Transfusões são usadas em procedimentos médicos e cirúrgicos complexos e também têm um papel essencial na resposta de saúde a desastres naturais e provocados pelo homem.
Beltran Duran lembra a “clara ligação” entre a disponibilidade de sangue e a mortalidade materna nas Américas. “Os países com sistemas de doação de sangue seguros e eficientes têm muito mais chances de atender às necessidades dos pacientes quando se trata de complicações no parto, como hemorragia pós-parto e, como resultado, salvar vidas”, afirma.
Os países-membros da OMS têm até 2019 para chegar à meta de 100% de doações voluntárias, um objetivo que estimula o cuidado mútuo e o engajamento entre cidadãos. Segundo a ONU, a oferta adequada de sangue só pode ser garantida por meio de contribuições regulares, voluntárias e não remuneradas da população.
República Dominicana sedia comemoração da data nas Américas
A República Dominicana, que sediará o evento regional do Dia Mundial do Dador de Sangue nas Américas, é um dos países da região que está trabalhando para melhorar sua rede de serviços de sangue, inclusive por meio de esforços para aumentar a porcentagem de doadores voluntários não remunerados. Em 2014, o país implementou uma política nacional para o tema.
Haverá um evento comemorativo no país com a participação de autoridades de saúde de toda a América Latina. Elas se reunirão para discutir a implementação de sistemas integrados, para melhorar o acesso e a disponibilidade de sangue e produtos sanguíneos seguros.