Conforme pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde, a obesidade é a doença que mais tem crescido nos últimos anos no Brasil, aumentando 41,6% entre os anos de 2008 e 2016. O problema é que a obesidade é um fator de risco para diversas doenças, como diabetes tipo 2, colesterol alto e principalmente condições que afetam a circulação. Isso por que, segundo a angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, a gordura está relacionada com o depósito de placas de colesterol nas artérias coronárias que irrigam o coração, favorecendo a má circulação do sangue. Além disso, as veias são afetadas pela grande quantidade de sódio que se mantém no organismo de quem está com sobrepeso, o que promove a retenção de líquidos e dificulta ainda mais a circulação.
Essa gordura também dificulta o retorno venoso, sendo assim uma vilã para a saúde de nossas pernas, já que facilita o surgimento de varizes. “Como o retorno venoso é prejudicado, o sangue que deveria voltar ao coração fica acumulado nas pernas, aumentando a pressão sanguínea dentro das veias e favorecendo a sua dilatação”, alerta a especialista. E, se não forem tratadas corretamente, as varizes podem gerar outras complicações relacionadas ao bombeamento inadequado de sangue pelo organismo, como a trombose, condição onde ocorre o desenvolvimento de um coágulo sanguíneo nas veias, causando uma inflamação na parede do vaso.
Mas todas essas situações podem ser evitadas a partir de cuidados voltados para o controle do peso corporal. Por exemplo, é importante que você mantenha uma alimentação balanceada, evitando alimentos industrializados, que contêm alta concentração de sódio, gordura trans, açúcar e conservantes. “Incluir atividades físicas na rotina é outra boa maneira de afastar os diversos problemas de saúde relacionados ao sobrepeso. O ideal é que você pratique exercícios físicos pelo menos três vezes por semana, de preferência caminhada ou natação, já que, além de atuarem no controle do peso, estimulam a circulação sanguínea”, completa a Dra. Aline Lamaita. “É essencial também que você consulte um médico regularmente, pois somente ele poderá realizar uma avaliação e indicar o melhor tratamento para o seu caso.”