O contingente de empregados no setor privado sem carteira assinada aumentou 2,9% no trimestre de março a maio de 2018 em relação ao trimestre anterior. Em números absolutos, o resultado representa mais 307 mil pessoas em postos de trabalho que não oferecem várias garantias de direitos trabalhistas. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o aumento foi de 5,7%, o que corresponde a 597 mil pessoas a mais na informalidade.
A taxa de desocupação no trimestre, de 12,7%, ficou estável em relação ao trimestre anterior (12,6%) e apresentou queda de 0,6% na comparação com o mesmo período de 2017. Essas informações fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje pelo IBGE.
Entre os empregados com carteira assinada no setor privado houve queda de 1,1% em relação ao trimestre anterior (351 mil pessoas) e 1,5% (483 mil pessoas) na comparação com o mesmo trimestre de 2017.
Essa variação negativa chama atenção, conforme explicou o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo: “a redução dos postos de trabalho com carteira assinada não está alinhada com a estabilidade na taxa de desocupação. Ela indica uma redução significativa do emprego com qualidade, que permanece em queda no início do segundo trimestre do ano”.
Os trabalhadores domésticos tiveram redução de 2,5% em relação ao trimestre anterior. Já o serviço público teve aumento de 290 mil postos de trabalho, uma alta de 2,6%. Entre os grupamentos de atividade, apenas a administração pública teve aumento de 2,7%. Os setores de comércio (-1,5%), informação e comunicação (-2,1%) e serviços domésticos (-3,0%) apresentaram queda na comparação entre os trimestres. Os demais grupos ficaram estáveis no período.