Participar dos festejos de Carnaval acompanhado dos animais de estimação, seja em clubes ou nos circuitos da Cidade Baixa e da Orla do Guaíba, não é proibido. Mas exige muita atenção dos tutores diante do estresse que a grande aglomeração de foliões provoca. A médica veterinária Brunna Barni, da Unidade de Saúde Animal Victória da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams), alerta que, além da possibilidade do cão fugir, em meio aos desfiles, é necessária uma atenção especial aos restos de alimentos jogados ao chão, bitucas de cigarros, confetes, enfeites ou balões.
“Se o pet tem um perfil mais desconfiado, do tipo que se assusta com mais facilidade, é melhor nem pensar na possibilidade de levá-lo às ruas”, alerta. Cães com alterações cardíacas não devem acompanhar os desfiles e o mesmo vale para filhotes não vacinados. Raças como pugs e buldogues podem apresentar alguma emergência respiratória devido a hiperventilação provocada pelo calor, colocando-os em risco de vida.
Tambores – Os tutores que residem próximos aos locais dos eventos carnavalescos também devem ficar atentos aos sons dos blocos. A cantoria e a marcação de ritmo dos tambores pode levar a que se machuquem de tanto latir, na ansiedade de ver o que está acontecendo nas ruas. “Os ruídos e a movimentação que nós humanos adoramos nesta época, podem estressar muito nossos animais. Se puderem optar por atividades mais tranquilas, os desfiles e bloquinhos podem ficar em segundo plano,” sugere Brunna.
Identificação – Mas se o animal não se enquadra nos casos acima e a decisão é de levá-lo ao desfile, o primeiro passo deve ser conferir o estado da guia e, se ainda não foi feito, anexar uma placa legível, para a identificação do animal com o nome, endereço e telefone do tutor. Fantasias podem ser utilizadas fantasias desde que não sufoquem o animal.
Purpurina – Muito cuidado na aplicação de purpurina e glitter, de preferência, longe dos olhos e vias aéreas. Pintar o pelo só se o animal for alérgico. Nunca utilizar as tinturas para cabelos e barba para humanos. Corantes apenas os adequados e se possível aplicados em locais com profissionais habilitados.
Hora da folia – Acompanhar os blocos, durante o dia, sempre mais próximo ao final da tarde. A previsão é de tempo bom, com sol o que pode provocar desidratação. O calçamento quente queima as patinhas. “Também é recomendado o uso de protetor solar na ponta das orelhas, no focinho e na barriga”, conclui a veterinária.