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RS: milho está 65% colhido e trabalhos a campo avançam

A colheita do milho avançou para 65% das lavouras no Rio Grande do Sul. Beneficiada pelo tempo, as lavouras estão 21% maduras, 12% em enchimento de grãos e 2% estão em floração, aponta o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (28).

Produtores gaúchos avaliam a possibilidade de aumentar a área na próxima safra, como forma de diminuir a infestação de nematoides nas lavouras e de garantir maior presença de palha no sistema plantio direto. Nos próximos dias, a colheita do milho terá o ritmo reduzido, em razão de os agricultores priorizarem a colheita da soja.

Na Fronteira Noroeste e Missões, a maioria das lavouras de milho foi colhida, o que representa 79% da área cultivada. Nessas regiões, o tempo favorável resultou no bom aspecto das lavouras de safrinha. Na Produção, 70% da área está colhida, com produtividade média de 8.500 kg/ha. No Norte do RS, 90% das áreas destinadas a grão foram colhidas, com produtividade média de 147 sc/ha. O município de Sertão apresentou média de 180 sc/ha. O grão para silagem já foi totalmente colhido na região.

Soja

A colheita da soja também avança no estado e alcança 32% da área, com 40% madura e por colher, 26% das lavouras estão em enchimento de grãos e, em virtude do plantio da safrinha, 2% da área está em floração. A produção varia de acordo com a variedade implantada e a época de semeadura. A produtividade obtida na semana varia de 2.700 a 4.380 kg/ha, segundo relatos de produtores.

A maior parte das lavouras de soja está em fase de formação de vagens e enchimento de grãos. Nesta fase é realizada a colheita em área com cultivares precoces, com encurtamento do ciclo devido à falta de chuva em algumas localidades, principalmente na Campanha.

As lavouras mais afetadas pela falta de chuva adequada são as de cultivares de ciclo médio em fase de enchimento dos grãos. As áreas cultivadas após o Natal estão em fase final de formação das vagens e podem recuperar o potencial produtivo se a chuva regular voltar a ocorrer.

Feijão

A colheita do feijão primeira safra foi finalizada na maioria das regiões, exceto nos Campos de Cima da Serra, onde foi iniciada. Com expansão de 13% na área colhida na última semana, atingindo 90% das lavouras, as demais áreas estão 8% maduras e 2% em enchimento de grãos. De maneira geral, a safra tem sido de boa qualidade, com rendimento dentro da expectativa inicial, de 2.500 kg/ha.

A segunda safra de feijão está 96% implantada. Os estágios fenológicos da cultura são desenvolvimento vegetativo em 30% das áreas; floração, em 33%; enchimento de grãos, 23%; 7% maduro e 7% colhido. As lavouras colhidas estão com melhores produtividades, se comparadas às da primeira safra.

Arroz

A colheita do arroz avançou no RS, com previsão de conclusão na Fronteira Oeste e Missões no decorrer dos próximos dias, com rendimentos médios de 7,8 t/ha. No geral, a colheita atingiu 39% das lavouras, 44% estão maduras, 16% em enchimento de grãos e apenas 1% em floração.

Olerícolas e frutícolas

Cebola: na região Sul, a safra da cebola está encerrada. Alguns produtores seguem com a venda do produto que foi armazenado em galpões, no sistema de varais e em estrados e caixarias. A produção foi considerada de boa a ótima, com produto de qualidade e boa capacidade de suportar armazenamento. A produtividade média foi de 35 toneladas por hectare. Em algumas áreas chegou a mais de 40 toneladas por hectare sem irrigação complementar. Os produtores preparam as áreas de canteiros para a semeadura das sementes de cebola destinadas à produção de mudas. A tendência é de manutenção das áreas de plantio para a próxima safra, podendo haver um pequeno acréscimo.

Caqui: na Serra, inicia-se a colheita de uma das duas mais importantes variedades cultivadas, a kioto, popularmente conhecida como “chocolate preto”, em função da coloração escura da polpa. As frutas apresentam calibre mediano, ainda com marcantes traços da coloração verde, porém com polpa firme e crocante. De maneira geral, os pomares se mostram com bom vigor e sanidade. A carga de frutos é bastante irregular, tanto na planta como entre pomares.

Pastagens e criações

Na produção de leite, as pastagens anuais começam a ficar mais fibrosas, diminuindo a qualidade da forragem e o potencial produtivo, ficando visível o início do vazio forrageiro de outono. Esse cenário segue até fins de abril, quando as pastagens anuais de inverno começam a oferecer pastejo. A falta de umidade em algumas localidades começa a dificultar o preparo de solo e o plantio das pastagens de inverno.

Nas pastagens de inverno, se inicia as semeaduras a lanço (mecânica/aviação) sobre restevas de arroz e soja nas propriedades que fazem a integração lavoura-pecuária. Somente no município de Bossoroca, neste ano, deverá haver em torno de 30 mil hectares com pastagens de aveia e azevém para terminação bovina. Isso deve proporcionar alimento para no mínimo 50 mil cabeças que serão terminadas para o abate ou recria, mostrando que a interação lavoura-pecuária pode contribuir de forma significativa para minimizar a perda de peso dos animais no período invernal, quando o campo nativo não proporciona o suporte necessário.

Ovinocultura: os rebanhos apresentam bom estado sanitário e nutricional, o que gera boas expectativas. A produção forrageira está sendo implantada, com vistas a atender a fase de parição das matrizes. O período é de final de monta para os produtores que planejam os nascimentos para junho e julho. As temperaturas mais amenas durante a noite facilitam o trabalho reprodutivo e a tendência é que se tenha um bom índice de prenhez devido ao bom escore corporal do rebanho.

Piscicultura: com a proximidade da Semana Santa, começam os trabalhos para a realização de feiras de venda de peixe, típicas do período, e que concentram maior oferta. As principais espécies ofertadas são tilápias, carpas, traíras, jundiás e lambaris. Também continuam as orientações para fertilização da água dos tanques e açudes com policultivo de carpas e tilápias e para a produção de rações caseiras e alimentação dos peixes. O período é de reserva de alevinos para povoamento após as despescas que ocorrerão por conta da Páscoa.

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