Duas pessoas suspeitas de matar e ocultar corpo de taxista em Rolante são presas

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Rolante, deflagrou na manhã desta terça-feira (09) a Operação Figueira, para apurar o desaparecimento de taxista ocorrido em março deste ano, em Rolante. Na ação, foram cumpridas 14 ordens judiciais entre mandados de busca e de prisão no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Na ação, duas pessoas foram presas, um revólver e drogas foram apreendidos.

Segundo o delegado Vladimir Hagg Medeiros, a ação visa concluir às investigações do caso do taxista desaparecido desde o dia 28 de março, quando trabalha na localidade de Morro da Figueira, interior de Rolante. “Nesta manhã, um dos autores foi preso preventivamente em sua residência, no Bairro Estação, em Portão, local em que se concentram vários integrantes da facção. Outro indivíduo foi preso em flagrante em Rolante por posse irregular de arma de fogo. Com ele foram apreendidos um revólver calibre .38 e munições”, explicou o delegado.

Ao longo das investigações, dois indivíduos já haviam sido presos na semana passada. Dois criminosos ainda estão foragidos pela prática do crime. Nas diligências localizadas nesta manhã, a Polícia Civil descobriu o local em que o corpo da vitima teria sido enterrado e, posteriormente, desenterrado para ser levado e queimado em Canoas. “A perícia foi acionada para examinar o local, especialmente coletar vestígios humanos e material genético”, acrescentou Medeiros.

Nas buscas realizadas em uma residência na cidade de Penha, em Santa Catarina, ainda foram apreendidas drogas sintéticas. Ao todo, cerca de 50 policiais civis participam da operação policial, deflagrada nas cidades de Rolante, Portão, Feliz, Arroio do Sal e Penha/SC. “A Polícia Civil aguarda, ainda, análise do Poder Judiciário em pedido de internação de adolescente, também suspeito da prática do homicídio”, acrescentou o delegado.

Medeiros considera as investigações concluídas, estando pendente, ainda, cumprimento de prisões em relação aos foragidos, o que acredita poder ocorrer nos próximos dias. “As atividades de investigação têm sido verdadeiramente ininterruptas desde o desaparecimento da vítima, tendo sido coletadas provas robustas para a responsabilização dos autores”, acrescentou. Para dar atenção ao caso, a Polícia Civil montou uma força-tarefa com dez policiais para participarem das investigações já a partir das primeiras horas do desaparecimento da vítima, sob coordenação da Delegacia Regional de Gramado e do Departamento de Polícia do Interior.

O delegado Heliomar Franco, da 2ª Delegacia de Polícia Regional do Interior, região de Gramado, afirmou que a motivação do crime, como em tantos outros casos, segue sendo a constante e perpétua guerra entre quadrilhas de traficantes, comandada a partir das penitenciárias.

A Polícia Civil aguarda, ainda, os trabalhos do Instituto-Geral de Perícias, que realiza desde o último sábado (06) exames junto ao corpo encontrado naquela madruga no interior de um veículo Ford Focus, incendiado embaixo de um viaduto localizado às margens da BR448. “A suspeita é de que o corpo seja do motorista de táxi desaparecido desde março, mas aguardamos o laudo oficial”, concluiu Medeiros.

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