Manejo do Parcão busca equilíbrio entre natureza e comunidade de Novo Hamburgo
Uma das ações é a retirada de árvores exóticas invasoras que são ameaça para as espécies nativas
Todos concordam que preservar a natureza é fundamental. No caso de uma Unidade de Conservação (UC) é muito mais do que isso. É lei. Mas poucos sabem o quanto é difícil equilibrar a preservação de um parque natural com as possibilidades de utilização pela comunidade. Por esse motivo, de cinco em cinco anos, a Lei Federal n° 9.985/2000 exige que seja feito um Plano de Manejo. E é justamente o que vem sendo feito no Parque Henrique Luiz Roessler, o Parcão. Já em fase de conclusão pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ele deve ser apresentado à comunidade em agosto na 2ª Reunião Técnica de Planejamento onde os moradores poderão sugerir possíveis correções e alterações no estudo.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Udo Sarlet, o Plano de Manejo é um instrumento de equilíbrio entre a natureza e o convívio da comunidade no parque. Queremos que a população se aproprie do que é seu, sob o aspecto de usar e proteger o local. O Plano não representa impedimento de uso, mas sim um regramento para que todos possam usar e preservar o seu espaço. Entre as principais ações que o plano prevê estão o regramento nas questões de educação ambiental, comunicação, fiscalização, programas de pesquisas e, especialmente, corte e manejo das espécies de árvores exóticas invasoras.
O corte de árvores é sempre motivo de debate e polêmica entre a comunidade. No entanto, ele é necessário quando se fala em preservação de uma Unidade de Conservação. “Espécies como pinheiro, jambolão e eucalipto precisam ser removidas, pois elas se proliferam sem controle e representam uma ameaça para espécies nativas e para o equilíbrio dos ecossistemas. Nos últimos anos tivemos um crescimento muito grande de árvores tanto exóticas quanto nativas”, explica o secretário.
Para os visitantes, o Plano de Manejo vai ajudar na utilização correta do parque. “Adoramos vir ao parque e aproveitar esse espaço de contato com a natureza. Mas é preciso que todos se conscientizem do que a preservação representa”, diz a moradora do bairro Canudos Maria Aparecida Plentz, 52 anos, que costuma levar a neta para brincar nos brinquedos infantis da praça.