Caxias do Sul alerta lojistas sobre acessibilidade
A Coordenadoria de Acessibilidade, vinculada à Secretaria Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SMSPPS), e a Secretaria Municipal do Urbanismo (SMU) de Caxias do Sul realizaram a campanha educativa “Calçada Legal e Comércio Acessível” na manhã desta terça-feira (27). O objetivo foi alertar pedestres e comerciantes sobre a importância da acessibilidade e da inclusão social. A ação iniciou na Praça Dante Alighieri e percorreu trecho da avenida Julio de Castilhos e das ruas Dr. Montaury, Pinheiro Machado e Visconde de Pelotas.
Integrantes da Coordenadoria, fiscais da SMU, usuários da Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais (Apadev) e do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência caminharam pelas ruas centrais de Caxias do Sul entregando material informativo aos comerciantes. Diariamente, pessoas com deficiência física, visual ou mobilidade reduzida enfrentam dificuldades para se movimentar pelas ruas. Muitos acessos a estabelecimentos comerciais não possuem rampas de acessibilidade conforme exige a legislação e, na maioria dos casos, ainda possuem degraus, que impossibilitam a passagem de cadeiras de rodas.
A campanha “Calçada Legal e Comércio Acessível” promove a inclusão das PcDs e o fomento a condições de acessibilidade e rompimento de barreiras, garantindo o que estabelece o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
A SMU, por meio do setor de Fiscalização, é responsável por notificar os proprietários em relação às obrigações previstas em lei. No entanto, as adequações nas calçadas e estabelecimentos devem ser feitas pelos proprietários. A titular da SMU, Mirangela Rossi, ressalta ainda que as mercadorias do comércio ambulante também se tornam obstáculos para os portadores de deficiência. “A campanha é para dar voz à acessibilidade e inclusão. A comunidade de forma geral deve pensar coletivamente. Usar a calçada com comércio ambulante é não pensar na inclusão. É desrespeito. O cidadão que não cuida de sua calçada, conservando ou, ainda, ocupando para benefício do seu negócio, está excluindo parte da nossa comunidade”, lembrou a secretária.
Não apenas o piso das calçadas, como também as paredes de construções nas laterais, funcionam como guias para as pessoas com deficiência visual. Quando há outros objetos que avançam no passeio público as dificuldades aumentam. “Para nós, deficientes visuais, é complicado andar porque nenhum dia é igual ao outro, um dia pode ter uma placa, no outro não. Como a gente se guia pela lateral do prédio, às vezes nos batemos no manequim, ou nas coisas que estão no chão”, observou Luciano Silva, que é deficiente visual e participou da ação educativa.
A atividade integrou a programação da 8ª Semana Municipal da Pessoa com Deficiência.