O governo de Israel editou decretos nesta terça-feira (7) tornando o uso de máscaras em público obrigatório para tentar conter a disseminação do coronavírus.
Também aprovou um cronograma para restrições de viagens mais rigorosas para o feriado da Páscoa judaica, que começa na quarta-feira, quando famílias judias se reúnem para uma refeição festiva para lembrar o êxodo bíblico da escravidão no Egito.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que neste ano o jantar deveria ser uma comemoração discreta, limitada a membros da família, para tentar refrear o índice de infecções.
Na semana passada, Netanyahu pediu para os israelenses usarem máscaras em público, uma medida que o governo disse que se tornará obrigatória a partir de domingo. Crianças de menos de seis anos, deficientes mentais e pessoas sozinhas em veículos ou ambientes de trabalho estão isentos. O governo disse que as máscaras podem ser caseiras.
Entre a noite desta terça-feira e a manhã de sexta-feira, uma proibição de viagens desnecessárias para fora da cidade estará em vigor, na prática impedindo grandes aglomerações na Páscoa.
Das 15h de quarta-feira, algumas horas antes de a refeição começar, até as 7h de quinta-feira, a compra de alimentos dentro das cidades também será proibida – um endurecimento do isolamento. Os israelenses já estão impedidos de se afastar mais de 100 metros de casa, exceto para ir a mercados e farmácias e sair para trabalhar.
Anunciando uma isenção nas restrições da Páscoa, um comunicado governamental disse que a proibição de compras no feriado não se aplicará a “minorias não judias”. Cerca de um quinto dos cidadãos de Israel são árabes, a maioria muçulmanos, drusos e cristãos.