Porto Alegre monitora idosos nas clínicas geriátricas
A Prefeitura de Porto Alegre intensificou o monitoramento das condições de saúde de pessoas que vivem em instituições de longa permanência para idosos (ILPI). As principais medidas adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde (Saúde) foram aumentar a testagem para diagnosticar o novo coronavírus em idosos com sintomas gripais e visitas para orientar os responsáveis pelas clínicas geriátricas. Atualmente, cerca de 10 mil residem em 460 instituições deste tipo na Capital, conforme dados da Diretoria Geral de Atenção Primária em Saúde (DGAPS) da SMS.
“Os idosos são um dos principais grupos de risco da doença, estando sujeitos a complicações mais sérias que podem evoluir para óbito”, alerta o diretor da Vigilância em Saúde, Anderson Lima. Dos 21 óbitos confirmados por Covid-19 na cidade desde 20 de março, 19 são pessoas com mais de 60 anos. A recomendação da SMS é que os responsáveis pelos residenciais notifiquem casos suspeitos semanalmente e informem os resultados com o objetivo de evitar surtos. Também devem apresentar plano de ação diante da suspeita do vírus, protocolo que já foi encaminhado por mais de 200 clínicas.
Cerca de 95% das instituições já foram contatadas por profissionais da SMS para compartilhamento de informações. Para reforçar ainda mais as ações, a prefeitura anunciou a testagem de todos os residentes e profissionais que apresentem sintomas gripais e criou uma central de monitoramento pelo whats app, o que amplia a agilidade na troca de dados. Nos locais com médicos e enfermeiros, a notificação de suspeita é feita pelo Gercon, sistema gerenciado pela SMS.
“Também monitoramos todos os alertas da rede de assistência da cidade. Além disso, todos os idosos ou cuidadores e profissionais sintomáticos têm o agendamento da coleta de exames via central de monitoramento”, informa a enfermeira Paula Martina Nunes, responsável pela fiscalização na secretaria. Até o momento, 16 clínicas notificaram suspeitas da Covid-19, com 43 pessoas monitoradas. Dessas, 41 tiveram coleta de secreções respiratórias para exame de PCR (teste rápido), dos quais cinco exames continuam em análise, 36 tiveram resultado negativo e um idoso (que foi examinado em ambiente hospitalar) teve resultado positivo. Dois profissionais de saúde, já assintomáticos, não coletaram exame.