Prefeitura de Novo Hamburgo restringe atividades noturnas
“Foi um encontro franco, transparente e muito proveitoso.” Assim a prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, definiu a reunião realizada com entidades empresariais da cidade na tarde desta terça-feira, 16, no Centro Administrativo. Ao final do encontro, após a explanação do crescimento na procura por atendimento médico no município, Fátima explicou a necessidade de um novo decreto para restringir as atividades sociais noturnas, buscando justamente conter o avanço da curva de contágio. “Ninguém quer fechar estabelecimentos, mas esta é uma medida necessária neste momento”, explica.
Fátima, porém, destacou que apenas o decreto não será suficiente para a mudança deste quadro em Novo Hamburgo. “Precisamos nos juntar e declarar guerra à pandemia”, disse a prefeita no encontro, enfatizando a importância de todos agirem para além de seus estabelecimentos em busca da conscientização e participação da população.
A meta é chamar a atenção de toda a população para o perigo do vírus, o crescimento acentuado de contágio registrado nos últimos dias e sua curva ascendente, e a importância das pessoas se envolverem. “Cada um de nós pode e deve fazer sua parte”, destacou. O presidente do Sindilojas, Remi Scheffler, lembrou que todos são corresponsáveis. “Percebemos que o lojista e o empresário estão fazendo sua parte, o problema são as aglomerações”, disse.
No encontro, o diretor técnico da UTI do Hospital Municipal, Augusto Lengler Vargas, apresentou um panorama do coronavírus no município e todo o movimento que a Prefeitura está fazendo em sua estrutura de atendimento. “A atual gestão municipal tem ouvido os técnicos da saúde desde o início da pandemia e está se preparando há cinco meses, aportando recursos e condições de trabalho. Mas é fundamental que todos entrem na briga. Estamos todos no mesmo barco”, destacou.
Nos próximos dias, conforme expôs Vargas, o Hospital Municipal de Novo Hamburgo irá contar com 20 leitos de UTI destinados unicamente para a Covid, além de outros 20 leitos para outras patologias (sendo dez leitos semelhantes à UTI e dez intermediários). “Esta adequação será feita já a partir de amanhã (quarta-feira)”, explicou. A Prefeitura também assinou a contratação de dez leitos de UTI com empresa RTS Rio S/A (a mesma que fornece para o Ministério da Saúde).
Durante o encontro, a prefeitura explicou também as razões da escolha da UPA Centro para abrigar o hospital de retaguarda. “Nós estamos correndo na frente. Estamos fazendo nosso dever de casa”, disse a prefeita. Os representantes das entidades mostraram apoio às medidas e iniciaram um movimento pela criação de uma campanha de conscientização junto aos moradores, chamando a atenção da necessidade de todos se protegerem e evitarem aglomerações.
O novo decreto da Prefeitura irá restringir atividades noturnas, com foco na vida social, determinando o encerramento das atividades a partir das 20 horas. A partir deste horário, bares e restaurantes, por exemplo, só poderão funcionar por telentrega, pague e pegue e drive-thru. A exceção são indústrias e serviços essenciais, como supermercados e farmácias.
Além dos secretários municipais de Saúde, Naasom Luciano; de Meio Ambiente, Udo Sarlet (coordenador da Central de Fiscalização); de Segurança, General Roberto Jungthon; de Desenvolvimento Econômico, Paraskevi Bessa-Rodrigues; e do presidente da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo, Ráfaga Fontoura, participaram do encontro os seguintes representantes de entidades:
- Marcelo Laux, presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha (ACI NH/EV/CB
- Milton Killing, presidente da Assintecal (Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos);
- Marco Kirsch, diretor executivo da ACI-NH/CB/EV (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo, Campo Bom e Estância Velha)
- Jorge Stoffel, presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas)
- Remi Scheffler, presidente do Sindilojas (Sindicato do Comércio Varejista de Novo Hamburgo)
- Marlos Schmidt, vice-presidente da Abrameq (Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos para os Setores do Couro, Calçados e Afins)