SAMU de Caxias já atendeu 1,2 milhões de chamadas desde 2004
SAMU Caxias do Sul atende pelo fone 192
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), com base no segundo andar da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), iniciou seu trabalho no município em 24 de agosto de 2004, em um prédio localizado na rua Visconde de Pelotas. O SAMU atende 24h por dia, sete dias por semana. Com um sistema informatizado desde 2011, de lá para cá, o serviço atendeu 1.260.834 chamados na sua central, até o último dia 19 de junho.
Entre os atendimentos estão: 370.485 regulações médicas, 134.428 atendimentos com envio de unidade móvel, 121.408 atendimentos com envio de unidade de suporte básico, 10.496 atendimentos com envio de unidade de suporte avançado, 2.524 atendimentos com envio da motolância (desde abril de 2015) e 32.658 transportes entre instituições. De 2004 até 2011, 250 mil atendimentos com unidade móvel foram realizados. Além disso, de 2011 até junho de 2020, o serviço recebeu 193.910 trotes.
Silvana Daneluz Martins faz parte da equipe do SAMU desde a sua inauguração e conta que no início as coisas não foram fáceis. “Quando o projeto foi colocado em prática, nossa estrutura era bastante improvisada. Ficamos todos em um espaço na Visconde de Pelotas. Por falta de estacionamento próprio, as ambulâncias tinham que ficar na rua. Ao contrário do que é hoje, na época registrávamos os casos preenchendo fichas de papel”, explica.
Ela ainda comenta que em 2010 largou o trabalho de socorrista e começou a dar treinamentos para novos profissionais. “Eu comecei como socorrista. Porém, em 2010 saí do trabalho de campo e comecei a dar treinamentos para os profissionais que estão ingressando no SAMU. Neles, os colegas aprendem sobre os protocolos para cada tipo de atendimento. Quando recebemos uma chamada na central, geralmente não temos como saber as reais condições do paciente. Assim, é necessário prepará-los para o máximo de situações possíveis”, enfatiza.
Para Silvana, o serviço mudou muito durante todos esses anos. “No começo, tínhamos muita vontade de trabalhar mas faltavam vários equipamentos necessários para qualificar o atendimento. Lembro que dividíamos um macacão para duas pessoas, cada um utilizava ele por 12h e só após era mandado lavar. O serviço como um todo era mais rudimentar. Atualmente, além da nossa força de vontade, contamos com um suporte muito maior em termos de equipamentos, medicação e infraestrutura, o que facilita o trabalho”, salienta.
Conforme ela, o que mais a motiva é poder salvar vidas de alguma forma. “Acredito que eu e todos os meus colegas do SAMU somos motivados pelo desejo de salvar vidas. Fico feliz quando cada equipe volta para a central contando que deu tudo certo. Muitos me agradecem pelos ensinamentos dados durante o curso e isso é extremamente satisfatório”, conclui.