Unidade mais antiga do Projeto Pescar no Vale do Sinos, o Projeto Novos Horizontes, organizado pela Fundação Francisco Xavier Kunst, de Campo Bom, viveu uma situação inédita em 2020. Depois de 21 edições presenciais, a 22ª turma foi quase que totalmente virtual.
Os 15 alunos estavam em atividade havia apenas duas semanas quando a pandemia da Covid-19 exigiu que todos ficassem em suas casas. “Tivemos que reorganizar o formato e nos adaptar às mudanças, mas conseguimos formar mais uma turma, mesmo com as dificuldades impostas pelo distanciamento”, orgulha-se a presidente da Fundação, Simone Kunst. Com o grupo atual, que teve também a formatura no modelo virtual, no dia 6 de janeiro, já são 355 jovens atendidos pelo projeto em 22 anos.
As atividades começaram no dia 2 de março e, no dia 18, todos já deixaram de frequentar a sede da Fundação Francisco Xavier Kunst.
As atividades virtuais possibilitaram conhecimentos que não seriam comuns no programa presencial. “Tivemos aulas com profissionais de outros estados, pessoas com grande conhecimento em suas áreas que não teríamos conhecido se as aulas fossem em outro formato”, comemora Willian Coelho, que mora em Campo Bom com a mãe e as duas irmãs mais novas. Agora, ele se prepara para as provas do ENEM. “Ainda não fui dispensado do serviço militar, mas estou preparado para as duas situações. Se eu não servir, pretendo tentar uma vaga em Psicologia com a nota do ENEM”, projeta.
A turma de 2020 teve as empresas Artecola Química, Bertex, Doctor Clin, IAS e Reginato Metal Design como parceiras. O paraninfo foi o consultor Clodis Xavier, administrador de empresas com pós-graduação em Recursos Humanos e diretor da CXavier Consultoria Empresarial. O formando Jean Vitor Pedroso foi o orador.
O PROJETO – Promovido pela Fundação Francisco Xavier Kunst em parceria com a Fundação Projeto Pescar, o Projeto Novos Horizontes oferece formação no curso de Iniciação Profissional em Serviços Administrativos. As atividades são orientadas por voluntários. O objetivo é promover a inclusão de jovens socialmente vulneráveis, de 16 a 19 anos, dos municípios de Novo Hamburgo e Campo Bom, qualificando-os para o ingresso ao mercado de trabalho. Ao todo são 900 horas de desenvolvimento pessoal e profissional. Desde 2016 o projeto está habilitado para preencher cotas de Menor Aprendiz para empresas da região. Com isso, cria condições para ampliar o número de vagas e contribui para o cumprimento da legislação que prevê abertura de espaço para jovens nas empresas.