RS mantém 11 regiões com risco altíssimo para coronavírus
Nesta segunda-feira (22/2), o Gabinete de Crise decidiu indeferir, os pedidos regionais de reconsideração ao mapa preliminar da 42ª rodada do Distanciamento Controlado no Rio Grande do Sul. Com isso, o mapa definitivo permanece com 11 regiões em bandeira preta, que somam 68,4% da população gaúcha em situação de risco altíssimo para esgotamento da estrutura hospitalar e velocidade de propagação de coronavírus.
É o maior número de regiões no pior nível do sistema de enfrentamento à pandemia no Estado até agora. Até então, o RS só havia tido duas rodadas com bandeira preta: na 32ª semana (de 15 a 21 de dezembro), com duas regiões, e a última, na 35ª rodada (de 5 a 11 de janeiro), com uma bandeira preta.
As outras 10 regiões Covid ficaram em bandeira vermelha, o que representa risco alto. A vigência da classificação começa à 0h desta terça (23/2) e vai até as 23h59 do dia 1º de março.
O governo recebeu 10 recursos nesta rodada, dos quais cinco foram para mudar a bandeira de preta para vermelha das regiões de Capão da Canoa, Taquara, Passo Fundo, Lajeado e Caxias do Sul. Houve ainda de vermelha para laranja, da região de Bagé. Todos foram indeferidos pelo Gabinete de Crise sob a justificativa de que não havia erro na mensuração dos dados avaliados pelo Distanciamento Controlado, além da gravidade da pandemia em todo o Estado.
Os outros quatro pedidos foram enviados por municípios que estão em regiões de bandeira preta e que pretendiam ser enquadrados na Regra 0-0 (sem registro de hospitalização e óbito por Covid-19 considerado o município de residência nos 14 dias anteriores à apuração das bandeiras), podendo adotar protocolos de bandeira vermelha.
Após analisar as informações, o governo deferiu o pedido do município de Caraá, e indeferiu a solicitação das prefeituras de São Marcos e de Antônio Prado. Tavares entrou com recurso, mas já estava na lista da Regra 0-0 divulgada na sexta-feira.
COGESTÃO
Após ouvir associações regionais, prefeitos e entidades, o Gabinete de Crise decidiu manter a cogestão regional. Assim, as regiões em bandeira preta que aderiram ao sistema compartilhado podem adotar os protocolos próprios compatíveis até o nível de restrição da bandeira vermelha, desde que previstos nos seus planos. O mesmo vale para as regiões em vermelho, que podem adotar regras até o nível de laranja, desde que tenham plano de cogestão.
Das 21 regiões Covid, 19 aderiram ao sistema compartilhado. As duas únicas regiões que não fazem parte da cogestão e, portanto, devem seguir os protocolos determinados pelo Estado são Guaíba e Santa Maria.
Independentemente das bandeiras finais, todos os 497 municípios gaúchos deverão seguir e fiscalizar a suspensão geral de atividades, incluindo estabelecimentos de atendimento ao público, reuniões, eventos, aglomerações e circulação de pessoas tanto em áreas internas quanto externas, em ambientes públicos ou privados, entre 20h e 5h, todos os dias, até o dia 2 de março.
O horário de início da suspensão das atividades foi antecipado das 22h para as 20h e passa a valer a partir desta terça-feira (23/2).