Apenados de Pelotas revitalizam guarita no Laranjal
A guarita de salva-vidas localizada em frente à avenida Rio Grande do Sul, na praia do Laranjal, passou por melhorias nessa quarta-feira (24). A reforma da estrutura, que é uma responsabilidade do Município, foi realizada por dois apenados do projeto Mão de Obra Prisional (MOP), do Pacto Pelotas pela Paz, enviados pela 5ª Delegacia Penitenciária Regional.
A revitalização foi solicitada pela Operação Golfinho do comando do Corpo de Bombeiros Militar e apoiada pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). A Guarda Municipal (GM) garantiu a segurança da obra, finalizada nesta quinta-feira (25).
Os apenados, do regime fechado do Presídio Regional de Pelotas (PRP), reconstruíram toda a estrutura metálica, colocaram quatro telhas, rebocaram e pintaram a guarita. De acordo com o coordenador municipal de Defesa Civil (DC), Luís Fernando Bizarro, tudo foi feito “com a qualidade de trabalho garantida”. Além disso, o Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep) religou os chuveiros e os sanitários móveis, localizados próximo à guarita.
Benefícios da obra
Para os guarda-vidas, sargentos Luiz Orlando dos Santos e Gustavo Oliveira dos Santos, a reforma vai trazer melhorias, como conforto e visibilidade, por exemplo. Eles contam que estavam utilizando uma lona para cobrir o sol e, assim, se proteger e, ao mesmo tempo, cuidar da população nas águas da praia. “Vai ser de grande importância para nós; vamos trabalhar melhor”, afirma Santos, que atua há quatro anos nas praias, sendo três no Laranjal. Já Gustavo faz parte das ações há três anos.
Ressocialização
As atividades promovidas pelo Mão de Obra Prisional abrangem várias áreas, e os apenados são escolhidos de acordo com as suas experiências e afinidades. Isso gera mais qualificação para que eles possam continuar exercendo da melhor maneira possível as tarefas, além de gerar mais oportunidades e uma nova perspectiva para eles.
É uma questão de ressocialização, conforme explica a delegada penitenciária da 5ª DPR, Deisy Vergara. Ao contribuírem através do seu trabalho, os presos têm sua autoestima elevada, o que faz com que eles assumam outra postura. “Eles retribuem com atividades que fazem bem para eles e para a sociedade”, completa.
A intenção, segundo o coordenador operacional da 5ª Região, é que as atividades do projeto sigam acontecendo e os apenados, por sua vez, continuem a contribuir com a sociedade. “Eles veem a valorização e reconhecimento do trabalho feito”, finaliza.