Após se deparar com uma espécie de depósito a céu aberto, com camas, macas, cadeiras de rodas e armário, a nova direção do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), em Canoas, providencia a solução do problema. Além de demonstrar desperdício de recursos, o descaso representa risco à saúde, uma vez que o local atrai mosquitos e outros insetos.
Devido à deterioração com o tempo, pouco do material pode ser reaproveitado. Entre os itens que puderam ser “salvos” estão duas macas do Samu. Algumas peças são usadas para o conserto dos vários equipamentos que precisam de recuperação no hospital.
Parte dos móveis localizados tem placas com número de patrimônio. “Estamos fazendo um levantamento do patrimônio, mas existe a dificuldade de localizar os bens dentro do próprio hospital”, afirma o diretor geral do HNSG, Juliano da Silva.
Ao mesmo tempo em que viu a demanda de internações crescer em função do agravamento da pandemia de Covid-19, a direção do hospital se depara com uma série de problemas estruturais, que tem vindo à tona em função da falta de manutenção nos últimos anos. O custo estimado para o conserto e troca de parte dos equipamentos é de cerca de R$ 2 milhões.
No final de semana passado, foi preciso desativar a única caldeira da instituição para efetuar a manutenção do equipamento. Agora, o foco é consertar a segunda caldeira, encontrada desativada. A administração também iniciou a reforma dos quartos da área de convênios, que se encontram em situação precária, de acordo com o diretor. Dos 65 leitos da ala, 17 estão fechados por não apresentarem condições de uso.
No início de fevereiro, já havia ocorrido a inauguração da nova emergência SUS, que recebeu melhorias para prestar um atendimento mais qualificado aos pacientes.