Pacientes de vitiligo sofrem com falta de tratamento em Porto Alegre
Em Porto Alegre, além de conviver com a doença, pacientes de vitiligo enfrentam dificuldades para acessar as terapias adequadas.
O Sistema Único de Saúde (SUS) não fornece as principais medicações indicadas pelos especialistas e o acesso ao tratamento de fototerapia é concorrido – há apenas um equipamento no Hospital de Clínicas, que atende aos pacientes de todo o Estado.
Vereador José Freitas (Republicanos), autor da lei que criou a Semana de Combate ao Vitiligo em Porto Alegre, se diz preocupado com o contexto em que estão inseridos os pacientes na Capital.
“É inadmissível que os pacientes não tenham acesso digno ao tratamento desta doença, que é estigmatizante e afeta profundamente o psicológico dos seus portadores”, afirma o parlamentar, que também é presidente da Frente Parlamentar pela Psoríase e outras doenças crônicas de pele.
Por proposição de Freitas, o tema foi debatido na Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre nesta terça-feira (29).
Agora, o grupo de vereadores prepara um ofício para solicitar mais informações sobre esse tipo de atendimento dermatológico nos serviços de saúde de Porto Alegre. “Precisamos saber qual a demanda reprimida dos pacientes de vitiligo e se o Executivo tem projeto para melhorar o serviço”, esclarece.
A DOENÇA
O vitiligo é uma doença que acomete aproximadamente 0,5% da população mundial, sendo caracterizado pela perda da pigmentação da pele. As lesões se formam devido à diminuição ou ausência de melanócitos (células responsáveis pela formação da melanina, pigmento que dá cor à pele) nos locais afetados.
As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas diversos fenômenos autoimunes estão associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença.