Existem obras arquitetônicas tão magníficas e únicas que ultrapassam seus sentidos práticos e tornam-se ícones e cartões postais de cidades e até nações. Consideradas patrimônios culturais da humanidade pela UNESCO (acrônimo de United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, órgão executivo da ONU), elas exaltam a criatividade e competência humana no setor de arquitetura e construção.
A famosa Torre Eiffel, do engenheiro civil Gustave Eiffel, foi construída na capital da França, Paris, em surpreendente dois anos e inaugurada em 1889. Pesando 7.300 toneladas de ferro forjado, a Torre possui 317 metros de altura e sua forma sutilmente piramidal foi concebida devido aos fortes ventos em altitudes elevadas, fator que influenciou até mesmo no tamanho e colocação dos buracos de rebites da torre.
Curiosamente, na época de seu lançamento, a estrutura foi odiada por grande parte da comunidade artística da cidade, que a condenou como “desnecessária”, e foi até comparada a uma chaminé de fábrica. A oposição da época não poderia estar mais enganada, atualmente a média de turistas que visitam a torre é de 7 milhões ao ano, para se ter uma ideia, esse número é superior a quantidade de visitantes que o Brasil inteiro recebe no mesmo período. Sua natureza icônica a transformou em um símbolo da nação francesa e da cidade de Paris.
Outra das obras mais belas do mundo, o Taj Mahal, localizado na Índia, foi construído durante vinte e dois anos e finalmente completado em 1653. Sob a romântica narrativa de que o imperador mongol Shah Jahan perdeu sua amada esposa Aryumand e a quis homenagear construindo uma tumba que simbolizasse seu amor eterno. Com a clara inspiração persa dos jardins e até os minaretes ao lado do prédio principal, o local recebe mais de 20 mil visitantes por dia e é uma obra prima da simetria arquitetônica.
A construção tem como destaque a pureza do mármore indiano fino e branco, a ornamentação requintada com pedras preciosas – Lápis Lazuli do Afeganistão, Jade e cristais da China, Safiras do Ceilão, Turquesa do Tibet, Ametista da Pérsia, Âmbar do Oceano Índico e ágatas do Iêmen – completam a edificação única que é o Taj Mahal.
Já Bruxelas, capital da Bélgica, é uma das cidades mais importantes da União Europeia. Com arquitetura histórica, a cidade é conhecida por misturar estilos arquitetônicos antigos e novos. Dentre diversos pontos turísticos se destaca a Grand Place de Bruxelas, do século XVII, ponto principal da cidade, a praça é considerada uma das mais bonitas do mundo que mistura os estilos gótico, barroco, neogótico e clássico, e é rodeada por casas geminadas que no passado eram usadas por mercadores.
O prédio mais imponente é o da Prefeitura, com 96 metros de altura, uma obra-prima da arquitetura gótica do século XV. O local abriga outros belíssimos edifícios, incluindo a Casa do Rei – que hoje é um museu. Juntos, eles transformam a praça no coração da cidade.
Além de encantarem milhões de pessoas e serem mundialmente famosas, estas obras influenciam positivamente o local que estão inseridas e, principalmente, impactam no sentimento de pertencimento e orgulho de seus cidadãos, reforçando os seus legados.
Enquanto isso, no Brasil, é preciso uma mudança de perspectiva. Tanto a população quanto o poder público necessitam valorizar, apoiar e promover iniciativas que envolvam edificações e obras que engrandeçam a cidade e seus atrativos turísticos.