Compartilhar experiências e inserir os debates sobre transformações sociais a partir da educação, foram os temas centrais discutidos durante o II Seminário Internacional Passo Fundo Cidade Educadora, ocorrido nesta quarta-feira (03), na Arena UPF Parque, durante as comemorações alusivas ao aniversário de 165 anos de Passo Fundo. O encontro reuniu trabalhadores da educação, secretários da Administração Municipal, representantes de entidades, empresas, organizações sociais, instituições de ensino e também as lideranças da Rede Brasileira de Cidades Educadoras (Rebrace) e da Delegação para a América Latina Cidades Educadoras.
Para o prefeito, Pedro Almeida, o Seminário foi um espaço fundamental de diálogo e troca de saberes sobre as diferentes maneiras de fazer com que a cidade reforce o compromisso de levar práticas educadoras para além das salas de aula e dos ambientes escolares. “Precisamos entender o conceito de Cidades Educadoras como uma ferramenta de transformação social por meio da educação.
Mas, isso não significa que essas iniciativas tenham que ser restritas às escolas, pelo contrário. O que estamos aprendendo neste Seminário é de que uma cidade educadora promove educação em todo o seu território”, defendeu ele, aproveitando para reiterar os investimentos e os esforços do Governo na promoção de iniciativas alinhadas ao conceito preconizado pela Carta de Princípios das Cidades Educadoras.
O secretário de Educação, Adriano Canabarro Teixeira, explicou que o II Seminário Internacional buscou a sensibilização e o intercâmbio de ideias que possam contribuir para a formulação de políticas que contemplem a educação no município também fora das escolas, visando o desenvolvimento de toda a cidade. “Todos os setores e segmentos sociais devem estar comprometidos com a construção de uma Cidade Educadora. Precisamos transcender os espaços escolares com ações que possam promover mudanças e fazer a diferença”, disse ele.
Para o pró-reitor Acadêmico da Universidade de Passo Fundo (UPF), Edison Alencar Casagranda, a atividade proposta pela Prefeitura cumpre a tarefa de provocar reflexões sobre o papel de uma Cidade Educadora na mobilização de todos os agentes sociais. “A UPF vem trabalhando com este conceito desde 2011, tecendo ações que acompanhem o dinamismo das mudanças sociais. E é isso o que esperamos de uma Cidade Educadora, que ela se proponha a fazer da educação uma fonte de experiências que transformem as pessoas”, observou.
Cidades mais sustentáveis, inteligentes e democráticas
Durante o Seminário, a representante da Delegação Cidades Educadoras América Latina, Silvina Ortiz; e as representantes da Rebrace, Maria Silvia Bacila e Emília Hércules, falaram sobre os conceitos e as construções globais acerca das Cidades Educadoras, compartilhando experiências de outros municípios brasileiros que integram o programa internacional de Cidades Educadoras e que estão entrelaçados com as iniciativas que vêm sendo desenvolvidas em Passo Fundo. “Ser uma Cidade Educadora é viver o dinamismo dos processos educacionais, incorporando vivências, aprendizados e descobertas que possam ser ampliadas para todo o território municipal. Pensar nas possibilidades de transformação que estes ensinamentos nos dão é provocar as mudanças e transformações que precisamos”, comentou Maria Sílvia, que também é secretária de Cultura de Curitiba, município-sede da Rede Brasileira de Cidades Educadoras.
Em sua fala, a representante da Delegação Cidades Educadoras América Latina salientou que o Seminário é interessante para resgatar contribuições e projetos que podem ser estruturados coletivamente entre as cidades comprometidas com os princípios norteadores do programa das Cidades Educadoras. “Cidades mais amigáveis, sustentáveis, inteligentes, democráticas e transformadoras somente são possíveis quando entendermos o quanto a educação para além dos espaços escolares é uma ferramenta fundamental. E Passo Fundo vem demonstrando esse compromisso e entendimento”, resumiu.