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Dicas de materiais para bancadas de cozinha

Faz tempo que as bancadas deixaram de ser meramente a área de preparo dos alimentos. Com cores e materiais variados, elas também estão sempre prontas para roubar a cena da cozinha e conquistar os convidados. A definição começa pela escolha do material que melhor se adequa a linguagem do projeto, além, obviamente, do budget disponível para a obra, considerando que há opções para todos os gostos e estilos, conforme explica a arquiteta Cristiane Schiavoni, do escritório Cristiane Schiavoni Arquitetura e Interiores, que reuniu uma série de dicas sobre o tema.

“Também devemos saber a intensidade do uso da cozinha e qual o comportamento do material em relação ao dia a dia da família. É primordial especificar materiais duráveis”, explica a profissional.

No caso de bancadas de cozinhas integradas, convém que o material eleito esteja em harmonia com os demais adotados no ambiente vizinho. Resolvidas as questões de estética e resistência, o próximo passo é a compra e a instalação com empresas especializadas no produto escolhido. Também devemos seguir à risca os cuidados de conservação dos tampos sugeridos pelos fabricantes, pois o uso de um produto contraindicado não vai apenas prejudicar a estética como a longevidade da bancada.

Essa cozinha reforma por Cristiane Schiavoni recebeu bancada de granito preto absoluto, um dos prediletos dos brasileiros | Foto: Carlos Piratininga

Diferenças entre os materiais

O mármore é um material muito usado na Europa. “Porém, no Brasil não é aceito por ser muito permeável e manchar com facilidade”, explica a arquiteta. Por aqui, quem faz sucesso é o granito, por apresentar menor porosidade. Nas pedras claras, as manchas costumam aparecer mais e isso pode acontecer até mesmo com o contato com a água. “Dependendo do acabamento, a pedra pode ser mais ou menos porosa”, completa. Uma dica é impermeabilizar o granito, processo que deverá ocorrer antes ou depois da instalação.

Material Quartzstone vermelho dá forma a ilha com cooktop e ao frontão da cozinha deste apartamento reformado por Cristiane Schiavoni | Foto: Carlos Piratininga

Outras alternativas bastante usadas em bancadas de cozinha são os materiais compostos de quartzo, disponíveis no portfólio de marcas, como Silestone, Quartzstone e Caesarstone. “Trata-se um material sintético com permeabilidade muito baixa e tonalidade uniforme, por isso tem sido bem aceita. Porém, apresentam resinas na composição e por isso não aguentam altas temperaturas”, explica Cristiane.

Destaque no projeto do apartamento, a ilha foi desenhada por Cristiane Schiavoni e executada com um material composto por minerais |Foto: Carlos Piratininga

A arquiteta também costuma utilizar o composto de elementos minerais, oferecidos por marcas como Dekton e Neolith. “Esse material sintético e seu processo de produção faz com que ele seja altamente resistente, inclusive às altas temperaturas, além de não manchar”, explica Cristiane. “Em contrapartida, custam mais caros que os granitos e algumas outras opções”, complementa.

Por ser bem resistente, o Nanoglass usado no projeto de Cristiane Schiavoni é perfeito contra riscos e manchas | Foto: Carlos Piratininga

O Nanoglass é outra opção que costuma ser usada pela arquiteta. Trata-se de um material industrializado feito com resina e pó de vidro. O resultado é um material de alta durabilidade, com superfície de brilho intenso e acabamento cristalizado.

Outras opções à disposição no mercado são os tampos de porcelanato, material de baixa porosidade e feito sob medida por empresas que instalam cerâmicas. “Uma desvantagem é o fato dele não ser tão resistente a impactos”, lembra Cristiane. Há ainda a teca, que também pode fazer bonito no projeto. “É uma madeira resistente e muito bem-vinda como bancada de cozinha”, fala a arquitetura. Por fim, o inox também é um material adotado para essa finalidade, justamente por ser resistente e ter um preço acessível. Além disso, dependendo do risco, é possível reparar.

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