A médica Maira Caleffi, chefe do Núcleo Mama do Hospital Moinhos de Vento, recebeu a Medalha Profissional da Saúde, concedida anualmente pelo Reach to Recovery International (RRI), fundada em 1972 com sede na Áustria. O anúncio foi feito durante uma reunião virtual, no último sábado (24).
A celebração é promovida pela instituição que funciona como uma agremiação mundial de entidades não-governamentais de apoio a pacientes com câncer de mama, nos mais diversos países.
A trajetória de luta pelos direitos das mulheres ao acesso a atendimento médico, diagnóstico precoce e tratamento imediato ao câncer mamário, fez de Maira uma precursora na fundação de duas entidades que promovem o apoio, a assistência e o acesso à justiça no Rio Grande do Sul e no Brasil.
O Instituto da Mama do RS (Imama), do qual é presidente voluntária, e a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), também presidida pela médica, são pioneiras nesse tipo de atendimento às pacientes e suas famílias. Ambas representam o que o RRI tenta conectar no mundo.
“Há mais de 30 anos a gente trabalha com organizações que prestam suporte para aquela mulher que descobriu há pouco que tem câncer de mama ou aquela que precisa de ajuda durante o tratamento. Então, ter um reconhecimento internacional de uma instituição gigantesca e tradicional como a RRI, é algo muito especial! Reforça que o trabalho que fazemos voluntariamente e que acreditamos tanto dá resultados e ajuda a salvar vidas”, comemora a mastologista.
Com a proximidade do Outubro Rosa, este acontecimento é uma oportunidade de mais uma vez lembrar as mulheres da importância da prevenção. “Ao fazer os exames de rotina, as chances de cura aumentam com o diagnóstico precoce do câncer de mama. A mamografia é uma atitude de autocuidado e pode significar a vida para muitas mulheres acima dos 40 anos”, salienta.
Maira Caleffi
A Chefe do Núcleo da Mama do Hospital Moinhos de Vento, Maira Caleffi, também atua na formação de residentes no hospital, com orientação de pesquisa de mestrado e doutorado, com produção acadêmica própria e um banco de dados que alimenta há 15 anos, tendo informações de mais de 1,7 mil pacientes.
Fora dos ambientes hospitalar, acadêmico e de pesquisa, a médica que é presidente é voluntária do Instituto da Mama do RS (Imama) participou do seu nascimento em 1993, a partir de um grupo psicoterapêutico de pacientes atendidos pela especialista. Com o tempo, conquistou voluntários e, em 2000, foi reconhecida como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), pelo Ministério da Justiça.
Além do apoio, cuidado e educação daquelas que lutam contra o câncer, Maira percebeu a importância das ações na sociedade civil em decisões públicas que impactam a saúde. Assim fundou em 2006 a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) que conta com mais de 70 Organizações não governamentais (Ongs) associadas, mais de 1000 pessoas representadas, e está presente em mais de 20 estado e o Distrito Federal.