CEO do Rock In Rio prestigia lançamento do Eventech

O primeiro hub brasileiro de tecnologia com soluções para o setor de eventos, que chega ao mercado com excelentes perspectivas em tempos de ressignificação do segmento — com programas de aceleração e incubação de ideias, incluindo arenas experimentais para testar soluções

Falar de inovação também é falar sobre resiliência. E, nesse aspecto, o setor de eventos tem bastante expertise — especialmente depois da pandemia do Covid-19, em 2020, quando registrou queda de 98% em seu faturamento, segundo pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Dados da Abrape (Associação Brasileira dos Promotores de Evento) de 2020 e 2021 demonstram prejuízo que ultrapassa a marca de R$ 230 bilhões. Isso levantou uma questão importante: como uma atividade que tem como premissa básica a reunião de pessoas poderia se manter relevante em tempos de isolamento social?

Nesse contexto, o termo “se reinventar” ganhou força no mercado de eventos, extremamente forte no Brasil — onde representa 8,1% do total de empresas e impacta uma cadeia de serviços que inclui mais de 50 áreas. No total, o setor movimenta 1 trilhão de reais por ano, representando 4,5% do PIB brasileiro.

Foi a partir da análise do impacto da inovação na ressignificação de eventos que nasceu a ideia do Eventech, o primeiro hub brasileiro de tecnologia com soluções para o setor de eventos. Ele entra no mercado para conectar e desenvolver soluções através da tecnologia e do poder da criação coletiva de profissionais capacitados, oportunizando experiências únicas e memoráveis. Para lançar a proposta, os empresários Márcio Spagnolo, Liliane Basso e Camila Surian, à frente do hub, receberam convidados no Tecnopuc — em um evento que contou com palestra ilustre de Luis Justo, CEO do Rock In Rio, e reuniu startups e importantes figuras do meio corporativo.

Utilizando de exemplo o festival que colocou o Brasil no mapa mundi do show business, o CEO explorou temas como gestão e estratégia no setor, e definiu a crise pós pandemia como um momento de imprevisibilidade que, em contrapartida, gera um potencial enorme de possibilidades. Para Justo, “crise é igual a risco, mais oportunidades.” O executivo também destacou a importância da parceria das empresas na cultura da inovação: “O segmento dos eventos é um mercado muito amplo, e busca empresas de tecnologia com soluções específicas. Não existe outra forma de criar uma cultura, senão pelo exemplo”, enfatizou.

Na fala de abertura, Liliane Basso (CEO da EvenTech) reforçou o papel do hub como ponto de conexão entre startups, empresas, artistas, especialistas do mercado, universidades e o poder público — e disse: “Queremos inovar o setor utilizando tecnologias que respondam a perguntas buscando estruturar da melhor forma questões como filas, acesso, segurança, comunicação, limpeza, etc. Perguntas que eu tenho certeza que vocês mesmos fazem quando vão a um evento: como podemos melhorar efetivamente a segurança do lugar? E reduzir a quantidade de lixo? Como facilitar acesso, reservas e pedidos das pessoas? São inúmeras interfaces, estes são apenas alguns exemplos.”

Liliane também salientou a importância de conhecer, em detalhes, o perfil do público. “O setor de eventos cresce 10% ao ano. Precisamos entender como este público se comporta, quais são seus anseios, o que fazem e o que gostam, utilizando a tecnologia como vetor de transformação. Ter as métricas de retorno dos eventos; interagir com os participantes; oportunizar novos moldes de operação e descobrir a melhor forma de conectar empresas dispostas a patrocinar um evento. Quer dizer, como favorecer essa ligação? Sabemos que elas existem, mas onde é que estão?”. E completou: “Pulverizadas — pelo Brasil e pelo mundo.”

Segundo a CEO do hub, é essencial que as empresas aprendam a lição deixada pela crise e trabalhem em prol da organização e do fortalecimento de seus setores. “Algumas soluções já existem, outras estão em fase de criação; e outras tantas pessoas trazem novas percepções. Soluções inteligentes que ajudam a manter a bebida gelada, por exemplo, ou pulseiras capazes de monitorar os sinais vitais dos participantes; o tanto que isso representa para quem organiza um evento!”, aponta a empresária. “Muita coisa numa startup é tentativa e erro, porque não existe padrão de mercado; você tem a hipótese e vai testando ela até acertar. Nisso, trazemos um problema nacional — de empresas que têm interesse em estratégias de melhoria no setor — para um hub com estrutura para desenvolver essas soluções.”

O novo hub adotou medidas que reforçam o compromisso com a sigla, com foco na conexão e incubação de ideias. Dentre as iniciativas, destacam-se o EvenMatch, que busca conectar todo o ecossistema, impulsionar a troca de conhecimento e a possibilidade de negócios; o EvenTalk, com momentos de debate e exposição; o EvenUp, baseando-se no desenvolvimento e escala de novos negócios; e o EvenJourney — o desenho de uma jornada completa e contínua que visa estruturar experiências transformadoras, além de conectar propósitos, ideias e pessoas de diferentes ramos.

O futuro dos eventos ainda precisará lidar com os mesmos problemas, mas não com as velhas soluções. O que se vê agora é o constante debate sobre mercados disruptivos impulsionados pela tecnologia.

“Obviamente, não faremos isso sozinhos. A proposta é construir um ecossistema de parcerias para enriquecer o setor, onde todos as partes são beneficiadas — com a implantação de ferramentas que agregam resultados e um maior retorno de investimentos às empresas. Existe todo um ecossistema pronto para se plugar e trazer infinitas possibilidades. Precisamos de um espaço para dialogar e efetivar essa troca. Isso é o Eventech; é para isso que viemos. O futuro dos eventos começa aqui”, finaliza Lilian.

Via
Bárbara Chadanowicz Brasil
Fonte
DIXON Comunicação
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