A pseudociese, também conhecida como gravidez psicológica, é um transtorno em que a mulher tem convicção de que está grávida, mesmo quando os exames médicos indicam o contrário. A condição é classificada como um transtorno somatoforme, em que os sintomas físicos não têm uma base médica comprovada.
Entre 60 e 90% das mulheres com pseudociese podem experimentar um aumento do volume abdominal, de acordo com especialistas.
Mulheres que têm histórico de transtornos psicológicos ou psiquiátricos, assim como aquelas que passaram por traumas como a perda de um filho, abuso sexual, histórico de aborto espontâneo, pressão do parceiro ou da família para engravidar, dificuldades de engravidar ou infertilidade têm maior probabilidade de desenvolver a pseudociese.
O corpo pode apresentar reações como ausência de menstruação, náuseas e enjoos matinais, desejos alimentares, sonolência, crescimento e dor nos seios, aumento do apetite, produção de leite nas mamas e distensão abdominal. Muitos desses sintomas são experimentados com tanta autenticidade que a mulher pode sentir o crescimento da barriga, os movimentos do bebê, as dores e contrações do parto. Mesmo sem haver nascimento, a mulher pode persistir na crença de que o bebê virá em algum momento, podendo esperar indefinidamente.
A pseudociese pode ser diagnosticada por meio de exames médicos que indicam a ausência de saco gestacional, embrião/feto e placenta. No entanto, mesmo com resultados negativos, muitas mulheres não ficam convencidas de que a gestação não é real. Nestes casos, é indicado um tratamento psicológico para identificar a origem do transtorno e tratar a causa. Também pode ser necessária a intervenção com medicamentos hormonais para regularizar a menstruação e encerrar a produção de leite.
É importante lembrar que a gravidez psicológica não é uma invenção da mulher, pois ela realmente acredita estar grávida. A pseudociese pode ser uma forma que o cérebro encontrou para lidar com adversidades psicológicas. Portanto, julgamentos não ajudam a melhorar a condição. A família deve dar apoio, conforto e acompanhar o tratamento psicológico para entender melhor a condição e saber como lidar com o quadro.