Em 1993, a Transforma Cia de Dança criou ECOS, um espetáculo que abordava o impacto humano na natureza e suas consequências, inspirado no legado do ambientalista José Lutzenberger (1926-2002). Ele defendia uma ética focada na importância da vida, a continuidade da vida na Terra e o respeito e toda reverência para com ela.
“Nós, seres humanos, devemos parar de agir como um câncer nesse superorganismo. Portanto, precisamos de uma nova ética – na verdade muito antiga – holística e abrangente, uma ética que abraça toda a criação, uma ética baseada no princípio fundamental, proposto por Albert Schweitzer, de reverência pela Vida em todas as suas formas e manifestações”, escreveu Lutzenberger em 1990, em “Reverência pela vida”.
Passados 30 anos da estreia de ECOS, o tema segue tão atual e insistir no debate é tão necessário que a Transforma retorna aos palcos, desta vez do Theatro São Pedro, dia 29 de agosto (terça-feira), às 20h.
O elenco formado por 14 bailarinos traz à cena questões do mundo contemporâneo, como o consumo desenfreado e o excesso de lixo que a humanidade produz. Suzana d’Ávila, diretora e fundadora do grupo que divide a coreografia com Pamela Agostini, buscou referências desde os povos originários até a linha de produção do fordismo. Já os diretores artísticos Dante Saldanha e Fernando Muniz criaram uma narrativa que se conectasse com os mais diversos públicos, criando, assim, uma jornada repleta de significados e momentos impactantes.
Espetáculo ECOS
Quando: 29 de agosto | Terça-feira | 20h
Onde: Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n – Centro Histórico)
Ingressos: R$20 a R$ 100
Plateia e cadeira extra: R$100 | Camarote central: R$80 | Camarote lateral: R$60 | Galeria: R$ 40
Ingressos antecipados: https://theatrosaopedro.rs.gov.br/ecos