Dezembro de 2023 – Mercados, farmácias e postos de combustíveis lideram o consumo dos baby boomers (nascidos entre 1946 e 1964) no Rio Grande do Sul, que têm aderido às novas tecnologias e passaram a gastar mais com o Pix nesse ano. Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelo Itaú Unibanco sobre as compras feitas por essa geração, que atualmente compreende os brasileiros que têm a partir de 59 anos.
O estudo analisou as transações realizadas com cartões de crédito e via Pix feitas de CPF para CNPJ entre janeiro e outubro de 2023 – e a comparação com o mesmo período de 2022. No caso do Pix, o levantamento considerou apenas as transferências que configuram transação comercial (de CPF para CNPJ).
No período analisado, os gastos dos baby boomers cresceram 58% sobre 2022, com avanço de 39% no número de transações realizadas. Isso se reflete em um ticket médio mais alto, de R$ 300 – o maior entre todas as idades, e o que mais aumentou em relação ao ano passado. Considerando todas as gerações, os baby boomers representam 27% do valor transacionado e 20% das compras – atrás das gerações Y e X, mas ainda à frente da geração Z, que tem 3,7% e 8,2%, respectivamente.
Entre o público com 59 anos ou mais, as mulheres representam 33,6% do valor gasto, e os homens, 66,4%. Considerando o número de transações, elas aparecem à frente, com 52,5% das compras realizadas. Os homens, no entanto, têm um ticket médio maior, de R$ 420 – enquanto o das mulheres é de R$ 192.
“O perfil de consumo desta geração revela uma preferência consolidada por setores que evidenciam uma busca por conveniência e praticidade. O levantamento visa oferecer insights valiosos sobre como essa parcela da população direciona seus gastos, revelando uma diversidade de interesses e um equilíbrio entre necessidades cotidianas e aspirações pessoais”, afirma Moisés Nascimento, diretor de dados do Itaú Unibanco.
Com que os baby boomers no Rio Grande do Sul mais gastam?
Na análise sobre os segmentos, os dados mostram que os mercados lideram, com 23,7% de todas as compras realizadas por esse público. As farmácias ocupam o segundo lugar, com 6,6%, seguidas por postos de combustíveis, que alcançam 6%, lojas de conveniência, com 5,7%, e restaurantes, com 5,4%.
Olhando apenas para as demais gerações, mercados também lideram, mas com uma proporção menor, representando 16,2% das transações, seguidos por postos de combustíveis, com 6,3%, restaurantes, com 6,2%, lojas de conveniência, com 5,4% e fastfood, com 4,9%.
Já os segmentos em que a geração mais velha mais aumentou o número de transações – tanto nos pagamentos com crédito quanto com Pix – estão gastos com recarga de celular, com alta de 264%, pedágios, com 162%, lojas de roupas e artigos masculinos, com 155%, redes varejistas, com 112%, e loterias, com 85%, e atacados, com 74,9%.
Aceita Pix?
Considerando apenas o uso do Pix no Rio Grande do Sul, os baby boomers foram os que tiveram maior alta no valor transacionado entre 2022 e 2023, de 86,4%. No número de transações o aumento foi de 89%, mas atrás das demais gerações. Ou seja: os mais velhos fazem compras com valor mais alto no Pix do que os outros públicos, com ticket médio de R$ 1.375 – o da geração Z, por exemplo, é de R$ 101.
Os homens gastam mais no Pix – são responsáveis por 83% do valor transacionado, e têm um ticket médio de R$ 2.200, enquanto o das mulheres é de R$ 487.
“Apesar de terem aumentado o número de transações feita com Pix, os dados mostram que os baby boomers ainda usam a modalidade menos que a média. Na geração, considerando as compras realizadas com cartão de crédito e Pix, o primeiro domina os pagamentos, com 88,3% das transações, e 11,7% do segundo. Quando se analisa apenas as demais gerações, esses números são 62,7% e 37,3%, respectivamente”, explica Moisés.