Responsável por empregar grande contingente de trabalhadores e fortemente dependente de investimentos públicos, o setor da construção teve resultado coerente com o momento político e econômico do país. A alta taxa de desemprego, crédito dificultado, instabilidade política, corte de gastos do setor público e as paralisações das contratações do programa Minha Casa, Minha Vida culminaram no desempenho negativo, que já havia sido previsto pela ABRAMAT no início do ano. Além da queda nas vendas, tal cenário levou a redução de -5,7% do total de funcionários empregados pelas empresas associadas da ABRAMAT.
“Observamos em mais um ano, que a cadeia da construção é um termômetro da situação econômica do país. Desde 2011 não houve crescimento expressivo do PIB (acima de 1%) com a construção em baixa”, observa Walter Cover, presidente da ABRAMAT.
“No último trimestre de 2017 os estudos da ABRAMAT indicaram sinais de recuperação. Com a inflação do ano fechada em 2,95%, juros baixos, melhoria gradual do emprego, e a necessidade crescente por novas obras de infraestrutura fazem com que o empresariado fique mais confiante e possa ter mais estabilidade para planejar suas ações. A expectativa de um ano de crescimento do comércio e início de recuperação do mercado de edificações e de infraestrutura, nos faz prever que em 2018, após 4 anos, o setor volte a crescer. Trabalhamos com a expectativa de crescimento na ordem de 1 a 2% e esperamos que o Governo Federal, Estados e Municípios se conscientizem do papel fundamental da construção na economia do país, permitindo que em 2018 se inicie um novo ciclo de crescimento do setor após a forte queda vivida nos últimos 3 anos.”, finaliza Cover.