Operação Desmanche fecha estabelecimento em São Leopoldo
A 55ª edição da Operação Desmanche interditou, nesta quarta-feira (10), um estabelecimento clandestino, em São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos. No local, foram apreendidas cerca de 60 toneladas de sucata automotiva. O proprietário foi preso por crime ambiental.
A coordenadora da força-tarefa, capitã Marta França Moreira, avaliou a importância das ações. “São Leopoldo é o terceiro município do Vale do Sinos vistoriado. Muitos veículos roubados em Porto Alegre e na Região Metropolitana são receptados nessa região. A intensificação das vistorias reflete na diminuição dos índices também na capital”, explicou.
A ação busca combater a receptação e o nos “ferros velhos”, estabelecimentos irregulares. Desde a primeira edição, em fevereiro de 2016, a operação contabiliza a prisão de mais de 60 pessoas, 91 locais interditados e mais de três mil toneladas de sucata automotiva apreendidas.
Trabalho integrado
A operação é resultado da união de esforços entre Polícia Civil, Brigada Militar (BM), Instituto-Geral de Perícias (IGP) e Detran RS. Além disso, as peças apreendidas são encaminhadas para a Gerdau, que, devido à parceria com o Estado, as transforma em material de trabalho e dá um novo destino para os objetos por meio de reciclagem.
A ação já passou por 28 municípios: Soledade, Santa Maria, Carlos Barbosa, Sapiranga, Eldorado do Sul, Erechim, Guaíba, Porto Alegre, Cachoeirinha, Portão, Gravataí, Viamão, Sapucaia do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro, Pelotas, São Sebastião do Caí, Estrela, Parobé, Esteio, Alvorada, Camaquã, Caxias do Sul, Arroio dos Ratos, Capão da Canoa, Torres e São Leopoldo.
Força-tarefa
A força-tarefa foi designada pelo governador José Ivo Sartori para atuar na fiscalização dos estabelecimentos ilegais. Cada um dos órgãos envolvidos tem uma função específica nas operações. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) coordena o trabalho e define os alvos, por meio do Setor de Inteligência. O IGP tem a função de identificar peças roubadas e atua na parte criminal das operações, juntamente com a Polícia Civil, que também efetua as prisões. O Detran RS autua administrativamente as empresas e coordena a apreensão da sucata e sua destinação para reciclagem. A BM faz a segurança da operação com policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).
Consulta a peças
O consumidor pode ajudar a desestimular o comércio ilegal de peças usadas, comprando somente em empresas credenciadas ao Detran RS. Essas empresas têm, na fachada, o logotipo do órgão. Além disso, cada peça é vendida com código de barras e nota fiscal eletrônica. Também é possível consultar no site do Detran RS a relação de empresas credenciadas e fazer uma busca por peças e por município. Nos chamados Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), além da garantia de origem lícita, as peças passam pelo aval de um responsável técnico, que atesta as condições de segurança.