Como metrópole regional, Belém é a principal cidade da região norte e destaca-se pela posição geográfica privilegiada entre às margens do rio Guamá e a baia de Guajará nas proximidades da foz do rio Amazonas. O antigo Forte do Presépio (atualmente do Castelo) é o marco da fundação da cidade em 12 de janeiro de 1616 com vista da baía do Guajará. O local abriga o museu das etnias marajoara, tapajônica e tupinambás.
Além da culinária regional, o turismo local é marcado pelo artesanato indígena, as danças típicas, os monumentos históricos, parques, museus e eventos como o Círio de Nazaré. A maior festa religiosa do Brasil, no segundo domingo de outubro, reúne dois milhões de pessoas e, de tão grandiosa e popular, foi incorporada ao patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco. A processão do Círio de Nazaré parte da Catedral da Sé (1771), na Cidade Velha, e termina na Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré, outro monumento à religiosidade do paraense e ao ciclo da borracha em Belém. Na cripta é possível visitar o museu sobre o Círio.
A Cidade Velha conserva a arquitetura colonial de Belém com igrejas e sobrados geminados, fachadas com azulejos portugueses, ruas estreitas, becos e calçadas de pedra. Ainda na antiga zona portuária de Belém fica a Estação das Docas, uma orla fluvial moderna onde se vivencia a cultura ribeirinha em harmonia com a inovação arquitetônica e o patrimônio histórico. O complexo turístico e cultural conta com três armazéns e um terminal de passageiros com opções da gastronomia paraense, lojas de artesanato, apresentações culturais e eventos. A região também abriga outro ícone do passado de Belém, o Mercado Ver-o-Peso, de 1901. Dentro da estrutura de ferro, moradores e turistas podem conviver com personagens como Beth Cheirosinha que comercializa em sua barraca poções para atrair o amor, ganhar dinheiro e combater o “mau olhado”, entre outras crendices.No centro de Belém, o Bosque Rodrigues Alves é uma amostra da floresta amazônica original com 2.500 árvores. A área de 152 mil m² conta com lagos, grutas e orquidário, além de bichos amazônicos como peixe-boi e tartarugas. As lendas da floresta são representadas por esculturas do Curupira, defensor das matas, e o Mapinguari, espécie de monstro humano. Já o Parque e Museu Emílio Goeldi é um centro de pesquisa biológica e agronômica. Um santuário da fauna e da flora amazônica com mais de 2.000 espécies de plantas e cerca de 600 animais nos 52 mil m² do bosque. Tem peixe-boi, pirarucu e araras, entre outros, além de pés de guaraná, pau-brasil, castanheira-do-pará e palmeiras de açaí. Uma exposição permanente reúne centenas de animais empalhados, objetos indígenas e históricos do Pará.