Infectologista Artur Timerman alerta sobre necessidade da vacina contra febre amarela

O medo por eventuais reações à vacina contra a febre amarela tem gerado questionamentos sobre a real necessidade de imunização, mas Artur Timerman, infectologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos e presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, alerta que a vacinação é fundamental.

Segundo ele, a vacina – que existe desde 1937 no Brasil – é eficiente e segura e casos de reações graves, que levam à morte, são raros. “Uma em 500 mil pessoas que tomam a vacina podem desenvolver um quadro grave, mas quando contrabalanceamos esse risco com o benefício, fica claro que o ganho de se tomar a vacina é sem dúvida muito maior”, reforça.

Manifestações de sintomas, como febre e dores no corpo, de forma leve, podem ocorrer uma semana após a vacinação. Essa resposta do organismo está ligada à composição da vacina, que é feita com vírus vivo atenuado, mas passa em um período de três dias.

Timerman esclarece que a prevenção, por meio da imunização da população, é a ação mais eficaz contra a febre amarela. Porém, quem acabou de tomar a vacina precisa ficar atento. “Dez dias após tomar a vacina, 90% das pessoas conseguem a imunização, mas é só depois de 30 dias que essa taxa sobe para praticamente 100%”, diz.

Neste intervalo de um mês, é aconselhável continuar o uso diário de repelentes, para evitar qualquer possibilidade de ser infectado pelo vírus. Os mais recomendados, segundo o médico, possuem em sua composição DEET, Icaridina ou IR3535, que oferecem proteção contra as picadas do Aedes aegypti, transmissor da doença em áreas urbanas.

Apesar das alternativas de prevenção, deve-se ficar atento aos sintomas da febre amarela. “Caso o paciente apresente febre alta, mal estar, dores no corpo e alteração no fígado, é importante realizar exame de sangue. E, se constatada a doença, o primeiro passo é a internação”, enfatiza o especialista.

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