Infectologista explica diferenças entre Febre Chikungunya e a Dengue
Você sabe o que é a Febre Chikungunya? Facilmente confundida com a dengue por ter sintomas muito parecidos, a doença é causada por um Arbovirus e teve seu primeiro registro em 1952 na África. Desde então, tem se proliferado por países da América Latina. Para orientar a população e esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto, a Infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Andreia Maruzo Perejão, explica a transmissão das duas doenças ocorrida pela picada dos mosquitos Aedes aegypti ou Aedes albopictus.
Segundo a profissional entre 72% a 95% das pessoas infectadas apresentam febre alta repentina. “Além desse sintoma clássico, o paciente com Chikungunya também apresenta cefaleia, mialgia, manchas pelo corpo (exantema), conjuntivite, náuseas e vômitos e dores articulares debilitantes (poliartrite), sendo esse último sintoma o que mais a diferencia da dengue”. Seu nome vem da língua Kinchonde e significa ‘homem que anda arqueado’ devido às fortes dores articulares. “Essa artrite ocorre mais em mãos e pés e pode persistir por meses ou anos, mas, raramente, há complicações ou mortes”, ressalta a infectologista.
A médica explica que o diagnóstico se dá pela suspeita clinica e exames de sangue, como sorologias, cultura viral ou RT PCR. A infectologia adverte que o tratamento é sintomático, pois não há medicação especifica para o vírus, ou seja, tratam-se apenas os sintomas. A orientação ao paciente é de repouso, hidratação e alimentar-se bem para que a imunidade melhore durante o ciclo do vírus. Para a prevenção da Chikungunya, deve- se manter os mesmos cuidados que se tem com a dengue. “É extremamente importante eliminar qualquer objeto que acumule água, principalmente da chuva, pois podem ser criadouros do mosquito. Durante as epidemias, também oriento o uso de repelentes”, diz a infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão.
“O período de incubação do vírus leva de 2 a 10 dias, e na dengue o risco de evoluir para um quadro hemorrágico é maior”, finaliza a profissional.