Sempre que o inverno se aproxima é importante lembrar a importância do diagnóstico precoce de doenças relacionadas ao aparelho respiratório, cujos sintomas podem ser confundidos com sinais comuns de envelhecimento. Tosse, chiado no peito, falta de energia, falta de ar e dificuldade para realizar atividades diárias também são indícios de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), denominação usada para classificar a bronquite crônica e o enfisema pulmonar.
A DPOC é uma doença que atinge 7 milhões de pessoas no País e é a quinta causa de morte no mundo. Além da dificuldade de respirar, leva ao cansaço progressivo e constante, o que impossibilita uma série de atividades de rotina. “É comum que as pessoas atribuam a falta de ar, a tosse frequente e o aumento na produção de muco como sinais comuns do envelhecimento, mas podem ser indícios do desenvolvimento de DPOC”, comenta o Dr. Mauro Gomes, diretor da Comissão de Infecções Respiratórias da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. “Como se trata de uma doença que não tem cura, é recomendado que, com a persistência desses sintomas, o paciente procure a ajuda de especialistas o quanto antes, para que o diagnóstico seja realizado antes que a capacidade pulmonar seja comprometida e que tratamento seja iniciado imediatamente”, completa.
Dentre os fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da DPOC estão o tabagismo e a exposição à diversos poluentes. Gilberto Pucca, portador de DPOC há 15 anos e presidente da Associação Brasileira de Pacientes Portadores de DPOC (ABP-DPOC), chama atenção para a importância da conscientização sobre o tema: “Auxiliamos centenas de pacientes e observamos que conforme a DPOC evolui, a função pulmonar piora, prejudicando a qualidade de vida do paciente. Trata-se de uma doença que limita a vida das pessoas, impedindo que elas possam aproveitar momentos de alegria com a família. Atividades simples como pegar os netos no colo se tornam extremamente difíceis e queremos aproveitar o Dia dos Avós para conscientizar as pessoas a não negligenciarem os primeiros sintomas quando eles surgirem”, pontua.
Sobre a DPOC
A OMS projeta que em 2030 a DPOC será a terceira causa de morte no mundo. A DPOC atinge 210 milhões de pessoas no mundo. Apesar disso, um em cada dois brasileiros nunca ouviu falar da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfermidade que atinge 7 milhões de pessoas no país e é a 5ª causa de morte no mundo. Causada principalmente pelo tabagismo, a DPOC leva à dificuldade de respirar e ao cansaço progressivo e constante, impossibilitando uma série de atividades de rotina. Todos os anos, a DPOC leva a óbito cerca de 40 mil brasileiros, o equivalente a quatro pacientes por hora, segundo dados do Ministério da Saúde.
Segundo o Gold – Iniciativa Global para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – um programa mundial que atua com objetivo de sistematizar, padronizar e orientar o diagnóstico e tratamento da DPOC, existem cinco perguntas básicas que ajudam o profissional de saúde a identificar pacientes que podem ter a doença, e que podem estar confundindo os sinais como parte do processo de envelhecimento:
Possui mais de 40 anos
Fumante ou ex-fumante
Tosse frequente
Expectoração ou “catarro” constante
Cansaço ou dificuldade para respirar, como subir escadas ou caminhar