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Conservação do solo é sinônimo de bons rendimentos

Quando o assunto é solo, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (ONU/FAO), cerca de 30% das terras de uso agrícola têm alto ou médio grau de degradação. Com o aumento da população e a crescente demanda por alimentos, este é um índice que preocupa. Por isso a importância de tratar com seriedade a conservação do solo. Vista com bons olhos pela indústria de tabaco, a preservação do solo e o uso de práticas conservacionistas tem crescido a cada ano, com a adoção de técnicas como o plantio direto. Dos 150 mil produtores de tabaco da Região Sul do País, quase 70% já utilizam práticas de conservação em suas lavouras. A informação é do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).

Segundo o assessor técnico da entidade, o engenheiro agrônomo, Darci José da Silva, nos últimos anos tem sido possível constatar um abandono progressivo das práticas tradicionais de preparo e manejo do solo, como a lavração, gradagem, excesso de cultivações e capinas. De forma concomitante, outras práticas conservacionistas mais eficientes estão sendo implementadas com êxito. Entre elas, a subsolagem, os cultivos de cobertura, os métodos de preparação do solo, as adubações mais racionais com base nas análises de solo e demandas culturais e outras boas práticas conservacionistas complementares (terraceamento e plantio em nível). “O essencial é manter o solo protegido o maior tempo possível. Solo desnudo estará sempre predisposto aos efeitos da erosão, acelerando sua degradação física, química e biológica”, explica.

Por meio do centenário Sistema Integrado de Produção, produtores recebem orientações e participam de programas que os tornam ainda mais aptos e informados sobre o assunto. “A orientação técnica tem sido de inestimável importância na difusão destas tecnologias e um aliado permanente para o crescimento desta estatística. A expectativa é que mais produtores se mobilizem em torno da adoção destas boas práticas agrícolas, benéficas não apenas para o solo e o meio ambiente, mas para o próprio produtor, uma vez que a mão de obra também diminui”, afirma o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke.

PERFIL DOS PRODUTORES DE TABACO
• 45,8% já fez algum curso de capacitação de manejo de solo;
• 81,2% utiliza adubação verde ou cultivos de cobertura;
• 77% usa camalhão alto de base larga;
• 68,2% das lavouras com sistemas de plantio direto e cultivo;
• 39,2% usa plantio em nível ou terraceamento para proteger o solo.
PLANTIO DIRETO NA PALHA – É o sistema de cultivo mais eficiente na proteção do solo. Consiste em evitar o revolvimento do solo, preservando integramente a palhada dos cultivos de cobertura sobre a sua superfície. Além do aspecto conservacionista, esta tecnologia propicia redução no uso de combustíveis fósseis, redução na mão de obra e aumento da rentabilidade do produtor através da redução de custos. Trata-se de um sistema já consagrado e amplamente utilizado no Brasil, inclusive no cultivo de tabaco. O Brasil é, atualmente, uma referência mundial no desenvolvimento e uso desta tecnologia.

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