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Peixe sustentável pode alimentar Forças Armadas

O pirarucu manejado por povos e comunidades tradicionais da Reserva Extrativista do Médio Juruá poderá ser comprado pelo Comando Militar da Amazônia para alimentar o efetivo das forças armadas. Entendimentos mediados pelo Ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) entre o Exército, a Aeronáutica e a Associação do Produtores Rurais da região de Caraoari, a 500 km de Manaus, podem viabilizar a proposta por meio do Programa de Aquisição de Alimentos, o PAA na modalidade compras institucionais. A iniciativa tem apoio da Coordenação Geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos (CGDIA/MDS).

A ideia é incluir nas chamadas públicas o peixe produzido pelos ribeirinhos da Médio Juruá em projetos de manejo sustentável. O Pirarucu passaria a fazer parte do cardápio dos 27 mil soldados em serviço na proteção territorial do bioma. De acordo com a coordenadora da Asproc, Ana Britto, a produção do Pirarucu manejado é da ordem de 100 toneladas/ano. Caso a proposta seja adotada, a associação poderá fornecer, também, mandioca e farinha.

Para os moradores da região a articulação poderá beneficiar 20 mil famílias que vivem dessa produção. As Forças Armadas respondem por R$ 61 milhões, dos R$ 70 milhões previstos pelo PAA Compra Institucional no estado do Amazonas. Os produtores familiares vinculados à Asproc providenciaram a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), estando habilitados a fornecer sua produção. Os pequenos produtores familiares que atuam no Médio Juruá praticam o manejo sustentável em lagos ao longo do rio. Atuam de acordo com a legislação sanitária e têm autorização do Ibama e o monitoramento da atividades pelo ICMBio.
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