Um estudo desenvolvido na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) tem como objetivo identificar se existem diferenças entre as avaliações da sensibilidade, amplitude do movimento e força da coluna cervical em pessoas com e sem dor nos ombros. A ideia é apontar a importância de se avaliar a cervical em pacientes que relatam dor nos ombros, o que pode melhorar a descrição da dor e o tratamento desses indivíduos.
A pesquisa “Sensibilidade, amplitude do movimento e força da cervical em sujeitos com dor no ombro: estudo transversal de casos e controles” é realizada pelo doutorando Marcelo Rebelatto, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar, sob orientação de Francisco Sendín, docente visitante do PPGFt, e coorientação de Melina Haik, pós-doutoranda da UFSCar, com colaboração de Paula Rezende Camargo, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Universidade.
De acordo com Rebelatto, a dor no ombro é uma das principais desordens musculoesqueléticas que afetam as pessoas, mas há dificuldades na avaliação e diagnóstico do problema. “No corpo humano existe uma relação de dependência entre as regiões anatômicas que pode confundir o diagnóstico e, consequentemente, comprometer o resultado do tratamento. A relação do ombro com a coluna cervical ainda conta com poucas evidências e, por isso, nosso estudo pretende explorar a influência da cervical em pacientes que tenham ou não a dor no ombro”, explica o pesquisador.
Ele afirma que esse tipo de estudo é importante para auxiliar a prática clínica na melhor condução do tratamento de pessoas que relatam dor nos ombros. “Os nossos resultados permitirão uma caracterização mais aprofundada das dores no ombro a fim de melhorar a descrição das disfunções que nele se instalam e que podem gerar comprometimentos cervicais”, garante o doutorando.
Para participar do estudo, estão sendo convidados voluntários de ambos os sexos, entre 18 e 80 anos, que tenham ou não dor nos ombros, e que não tenham sofrido fratura ou cirurgia nos braços e pescoço. Os participantes passarão por testes de sensibilidade, amplitude do movimento e força da coluna cervical e por testes específicos e questionários que avaliarão a incapacidade dos ombros. Serão duas sessões de avaliação com duração de, aproximadamente, uma hora cada, e os voluntários receberão orientações específicas para os problemas diagnosticados nos ombros.
Os testes acontecem no Laboratório de Avaliação e Intervenção do Ombro, do DFisio, na área Norte do Campus São Carlos da UFSCar. Interessados devem entrar em contato com os pesquisadores até o mês de junho pelo telefone (16) 3306-6695 ou pelo e-mail projetoombro@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 68947217.9.0000.5504).