Maus-tratos à Vida Silvestre: Bali não atende aos padrões de bem-estar animal

Bali é um destino turístico bastante popular, mais de 5 milhões de turistas visitaram a ilha apenas em 2017. Passeios com elefantes, mergulho com golfinhos, selfies com orangotangos são atividades turísticas cada vez mais populares entre os viajantes. Porém, investigação da World Animal Protection aponta que atração turística com animais silvestres em cativeiro na ilha atendem às necessidades básicas de bem-estar. O relatório Parques de Maus-tratos à Vida Silvestre, realizado pela organização, investigou 26 atrações turísticas de entretenimento com animais silvestres em Bali, que reúnem mais de 1.500 animais em cativeiro.

“Nós trabalhamos para disseminar a cultura do turismo consciente. Acreditamos que o turismo de experiências positivas com a vida silvestre é aquele em que os visitantes podem observar os animais no seu habitat natural, como em reservas ou santuários” declara João Almeida, gerente de campanhas da World Animal Protection Brasil.

Alguns dos resultados mais preocupantes da avaliação incluem:

Para proteger os animais silvestres, a World Animal Protection convenceu quase 200 empresas de viagens a deixar de oferecer passeios de elefante e shows em pacotes de viagem. A organização pede ao setor de turismo australiano o desenvolvimento de uma política de bem-estar animal para garantir que não sejam promovidas atrações cruéis da vida silvestre em Bali e ajudem a educar os turistas sobre a crueldade oculta.

No Brasil, a World Animal Protection também atua no combate ao turismo irresponsável na Amazônia. A maior frequência de turistas tirando selfies com os animais silvestres tem provocado o aumento no sofrimento e na exploração de algumas espécies icônicas da região, é o que aponta o relatório “Foco na Crueldade: o impacto prejudicial das selfies com vida silvestre na Amazônia”.  “Os turistas também podem fazer parte da solução, escolhendo viagens com consciência, evitando esse tipo de entretenimento onde há crueldade com os animais locais”, completa João.

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