Mulheres são apenas 13% do total de candidatos eleitos

Na última terça-feira (22/05), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu que os partidos políticos devem reservar um mínimo de 30% do Fundo Eleitoral e do tempo de TV e rádio para as candidaturas femininas. O Transparência Partidária acredita que essa postura da Corte ajuda a resolver um problema estrutural da política brasileira: a baixa participação de mulheres. E a organização tem indicadores que comprovam isso.

A pesquisa inédita “Um olhar sobre a participação da mulher na política brasileira nos últimos 10 anos, feita pela Pulso Público a pedido do Transparência Partidária, mostra que, apesar do aumento expressivo do número de mulheres candidatas na última década, a proporção de eleitas não acompanhou o mesmo ritmo. O resultado: hoje elas representamapenas 13% do número total de candidatos eleitos (levando em consideração as eleições municipais e as eleições gerais, entre 2008 e 2016). Em 2010, o Brasil teve 3.618 mulheres candidatas, das quais 193 foram eleitas. Já em 2014, foram 6.470 candidatas, mas177 venceram os pleitos.

O estudo aponta que as taxas de sucesso (proporção de mulheres eleitas em relação à quantidade de mulheres candidatas) das mulheres nas eleições vêm caindo. Nas eleições dos últimos 10 anos, esse número foi 40% inferior quando comparado aos dos homens. Na média, 6% delas conseguiram se eleger, enquanto, entre os candidatos homens, 15% saíram vitoriosos.

Entre outros achados do estudo, estão:

Sair da versão mobile