Porto AlegreRio Grande do Sul

Junho lilás reforça importância do teste do pezinho

O teste do pezinho é imprescindível nos primeiros dias de vida do bebê, permitindo o tratamento e o acompanhamento de doenças como fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística e anemia falciforme, que podem implicar riscos graves ao desenvolvimento da criança. No Dia Nacional do Teste do Pezinho, lembrado nesta quarta-feira, 6, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre integra-se à campanha Junho Lilás, para chamar a atenção de futuros pais e profissionais de saúde sobre a importância do exame, que é rápido, gratuito e capaz de detectar as doenças antes mesmo de aparecerem os sintomas.

Para que a prevenção seja possível, a amostra de sangue deve ser coletada entre três e cinco dias de vida do bebê. Anualmente, antes de completar uma semana de vida, mais de 100 mil recém nascidos gaúchos coletam algumas gotas de sangue do calcanhar e fazem o teste do pezinho. Após a análise da amostra, alguns bebês, entre milhares, terão o diagnóstico de uma doença rara. Essas crianças terão um desenvolvimento normal, sem sequelas, devido ao diagnóstico e tratamento precoces.

Como forma de qualificar profissionais para a realização do teste do pezinho nas unidades de saúde da Capital, a SMS promove uma série de capacitações durante o mês, reunindo cerca de 300 trabalhadores da Atenção Primária à Saúde. O cronograma de encontros começa nesta terça-feira, 5, no Centro de Saúde Santa Marta (rua Capitão Montanha, 27), para enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que atendem na região Centro da cidade. Até o dia 28, a ideia é compartilhar informações e orientações nas demais gerências distritais: Leste-Nordeste, Noroeste-Humaitá-Navegantes-Ilhas, Glória-Cruzeiro-Cristal, Restinga, Sul-Centro Sul, Norte-Eixo Baltazar e Partenon-Lomba do Pinheiro.

Triagem neonatal – Hoje, mais de 80% dos bebês gaúchos contam com diagnóstico precoce de seis doenças raras, tratamento e acompanhamento por toda a vida, com equipe multidisciplinar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). “No Brasil, o acompanhamento teve início há 17 anos, com o Programa Nacional de Triagem Neonatal, um programa de saúde pública que, pela abrangência, é considerado um dos maiores do mundo”, comenta a médica Paula Vargas, coordenadora do Serviço de Triagem Neonatal do Estado (SRTN-RS), que funciona no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HMIPV), em Porto Alegre (avenida Independência, 661, 5º andar).

Administrado pela Secretaria Municipal de Saúde, o HMIPV é responsável pelas ações de Triagem Neonatal no SUS do Estado desde 2001. São realizadas mais de 60 mil análises laboratoriais mensais, advindas de cerca de 1,3 mil postos de coleta, distribuídos nos 497 municípios gaúchos. O grupo de pacientes atendidos (1.250 pacientes de diferentes faixas etárias) vem de todas as regiões do Rio Grande do Sul e, no HMIPV, são acompanhados por uma equipe composta por médicos pediatras, endocrinologistas, geneticistas, hematologistas ou pneumologistas, profissionais das áreas de nutrição, psicologia e assistentes sociais comprometidos no trabalho de busca, seleção, tratamento e acompanhamento das crianças selecionadas pelo PNTN.

Qualificação – As capacitações aos profissionais das unidades de saúde são realizadas em parceria entre o SRTN-RS e a Coordenação de Atenção Primária à Saúde. A campanha Junho Lilás – Mês do Teste do Pezinho é promovida pela União dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal do Brasil.

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