O município de Santa Maria (RS) já registra 510 casos confirmados de toxoplasmose. De acordo com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, há ainda 212 casos suspeitos da doença que seguem sob investigação no município. Dos 510 casos confirmados, 441 são de pessoas residentes em Santa Maria (86,5%), cinco (0,9%) são moradores de distritos e sete (1,4%) são pacientes que vivem em municípios vizinhos. Os bairros que apresentam maior número de casos são: Tancredo Neves e Pinheiro Machado, com 63 casos cada (14,3%); Juscelino Kubitscheck, com 44 casos (10%); Centro, com 35 casos (7,9%); Nova Santa Marta, com 34 casos (7,7%) e Urlândia, com 26 casos (5,9%).
Água analisada
Ainda de acordo com a secretaria, na semana passada, foram coletadas sete amostras de água em Santa Maria. Quatro amostras foram retiradas de açudes, duas de poços artesianos e uma em vertente d’água. Os técnicos também recolheram duas amostras de lodo dos reservatórios de água e duas de água dos reservatórios em localidades onde existem registros de casos confirmados. O material foi encaminhado ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul para análise em primeira triagem. De lá, as coletas serão encaminhadas para a Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, na próxima semana. Os resultados devem ser divulgados em até 15 dias.
Doença
Conhecida como doença do gato, a toxoplasmose, de acordo com o Ministério da Saúde, é causada por um protozoário e apresenta quadro clínico variado – desde infecção assintomática a manifestações sistêmicas extremamente graves.
A infecção em humanos ocorre por três vias: contato direto com solo, areia e latas de lixo contaminados com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua ou mal cozida infectada (sobretudo carne de porco e de carneiro); e infecção transplacentária durante a gravidez.
A toxoplasmose não pode ser transmitida de humano para humano, com exceção das infecções intrauterinas. De acordo com a pasta, cerca de 40% dos fetos de mães que adquiriram a doença durante a gestação são infectados. A orientação para se prevenir a doença é evitar o uso de produtos animais crus ou mal cozidos; eliminar as fezes de gatos infectados em lixo seguro; proteger as caixas de areia; lavar as mãos após manipular carne crua ou terra contaminada; e evitar o contato de grávidas com gatos.