Trinta pessoas foram presas, até o final da manhã de hoje (13), na Operação Humo, deflagrada pela Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal nos três estados da Região Sul do país e no Uruguai. Deste total, 13 prisões ocorreram em flagrante durante a ação dos quase 300 agentes envolvidos nas investigações de combate ao contrabando de cigarros.
Em um balanço parcial, o responsável pela investigação, delegado Leon Emerich Lentz Martins, da PF no Chuí, explicou que as outras 17 prisões temporárias integram o rol de 22 mandados expedidos. Os alvos são acusados de contrabando, organização criminosa, corrupção de menores, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. “O objetivo foi atingir a cadeia de distribuição do material. As investigações focaram os coordenadores das ações”, disse. Ao longo do processo, 41 pessoas foram alvos dos investigadores.
Nas ruas desde as 7h, as equipes cumpriram ainda 53 mandados de busca e apreensão e o sequestro de veículos. As contas bancárias de 16 pessoas foram bloqueadas. Nas ações, foram apreendidas 481 caixas de cigarro na Grande Porto Alegre, 35 em Santa Catarina e 195 nos municípios gaúchos de Pelotas e Rio Grande.
“Também conseguimos apreender cinco armas em Porto Alegre e uma na região de Pelotas, e vários veículos [foram] sequestrados”, disse Emerich. Segundo ele, os veículos eram desde kombis até outros de alto valor, comprados com dinheiro do crime.
Pela PRF, o superintendente estadual João Francisco de Oliveira afirmou que o contrabando de cigarros não é um delito isolado. Segundo ele, as ações dessas organizações estão intimamente ligadas a outros delitos. “Hoje quem está envolvido com contrabando de cigarros também está, direta ou indiretamente, envolvido com tráfico de armas e drogas, com furto e roubo de veículos”, disse.