Marcelo Salum participa da Casa Cor SP
Depois de encantar os visitantes da Casa Cor Florianópolis em 2017 com o espaço “Mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim” (e ser eleito como ambiente-conceito da edição), o catarinense Marcelo Salum aterrissa em São Paulo e participa, pela primeira vez da edição paulistana da mostra, que será inaugurada no dia 22 de maio no Jockey Club. Para o ambiente de estreia, o arquiteto escolheu um loft, com cerca de 60m², que batizou de ‘Alguma coisa acontece no meu coração…’: “Estamos pedindo licença para entrar nessa grande e poderosa metrópole e usamos o alterego do nosso escritório para criar o conceito”, explica o profissional.
Em sua sutil homenagem à cidade que recebe e acolhe tantos brasileiros, Salum pensou em um espaço multiuso, que aproveita a arquitetura da área. Assim, uma enorme escada, já existente, sugere a entrada de um banheiro, onde o artista plástico Juliano Aguiar criou uma instalação especial, composta por relicários de objetos pessoais e telas dos personagens que habitam o espaço. No total são 15 obras que formam uma só! A pequena copa é completada por uma grande e versátil mesa, onde são feitas as refeições e ainda é estação de trabalho. No outro ambiente, uma sala de estar com um canto verde e duas camas de solteiro.
E, como é característica de seu trabalho, Salum aposta muito nos detalhes. Tecidos foram bordados com trechos de músicas de Chico Buarque e Caetano Veloso: “isso sugere que os moradores habitam uma cidade como São Paulo)”, define o arquiteto. Ele diz ainda que a esolha das cores também seguiu essa lógica: tons de cinza predominam pelo espaço, enquanto metade das paredes e o teto ganharam um tom de verde: “É como um pedido de mais oxigênio para essa cidade”.
Além da instalação de Juliano Aguiar, Salum combina obras de outros artistas, mesclando nomes já consagrados com uma nova geração: Zans, Ana Sabiá, Paulo Gaiad, Paulo Greuel, Rubens Oestroem, Schwanke, Yuri Seródio, Sara Ramos e Ana Vitória Mussi: “é um pouco do lugar que essa equipe compartilha com intimidade os sentimentos de viver nessa imensa estrutura urbana”, finaliza ele.