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O livro mais completo sobre a reforma pedagógica

A filosofia moderna conta com muitos clássicos, porém Jean-Jaques Rousseau, filósofo, teórico político e escritor suíço, por meio da obra Emílio ou da Educação, consegue provocar fascínio no leitor de hoje, quase com a mesma intensidade que chocou nos tempos iluministas.

A Edipro, editora especializada em clássicos da literatura, traz essa publicação, de 1762, com uma introdução do doutor em história social pela USP, Laurent de Saes, que contribui muito com esta nova edição.

Escrita em forma de romance, a obra é um tratado sobre a educação, em que o autor narra a história do jovem Emílio do nascimento ao casamento. E, assim, rejeitando os métodos pedagógicos de seu tempo, Rousseau mostra como é possível educar uma criança segundo a natureza e, com isso, protegê-la dos vícios da sociedade.

A história é dividida em cinco livros: o primeiro corresponde aos cinco anos iniciais de vida do protagonista, defendendo uma vida puramente física, dedicada ao fortalecimento do corpo; o segundo, que vai até os 12 anos, corresponde ao desenvolvimento do caráter, sem participação ativa de um preceptor; o terceiro é dedicado ao período até os 15 anos, nos quais se experimenta a geografia e a física, além do aprendizado de um ofício; o quarto livro caminha até os 20 anos, com o florescimento para a vida moral, religiosa e social; por fim, no quinto livro, Emílio encontra Sofia, a mulher ideal para ser a sua companheira.

A obra do filósofo é rica e desconcertante, que se volta contra os sistemas de pensamento dominantes da época ao mesmo tempo em que contempla todos os temas cruciais da filosofia do século XVIII.

Sobre o autor: Jean-Jaques Rousseau (1712-1778) escreveu O contrato social em 1762. Em razão das ideias radicais abordadas na obra, teve de refugiar-se durante alguns anos na Inglaterra, onde conheceu e conviveu com o filósofo e historiador britânico David Hume, considerado um dos mais importantes escritores da língua inglesa. Regressando à França, dedicou os últimos anos de vida a sua autobiografia, intitulada Confissões. Morreu em 1778, em Ermenonville, comuna francesa na região administrativa da Picardia. No campo da filosofia política, Rousseau considerava a democracia um sistema de governo para os deuses, não para os homens, embora como iluminista tenha exercido grande influência para que a democracia prevalecesse como forma de governo.

Ficha técnica:

  • Emílio ou da Educação
  • Tradução: Laurent de Saes
  • Editora: Edipro
  • Preço: R$ 110,00
  • Número de páginas: 560
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