Muitas pessoas talvez nunca tenham reparado que o Isopor é um dos vários compostos plásticos da atualidade, criado a partir de um processo que aglomera moléculas sucessivamente até formar o que é quimicamente conhecido como polímero. O polímero do composto químico estireno, que forma a base do Isopor, é chamado de poliestireno. Apesar do seu nome técnico não parecer familiar, é pelo nome Isopor, que na verdade é uma marca, que identificamos o leve material que revolucionou o mercado de embalagens.
Para deixar o material leve e com características de isolante térmico/acústico, o poliestireno passa por uma expansão estimulada por vapor e temperatura até atingir uma composição de 98% de ar, tornando-se opoliestireno expandido ou simplesmente EPS. Se por um lado o Isopor® veio a facilitar o cotidiano, por outro virou um desafio pelo fato da sua reciclagem ainda ser desconhecida por grande parte da população. Dados da Plastivida apontam que apenas cerca de 30% dos EPS pós-consumo são reciclados anualmente no país.
Como qualquer plástico, ele pode ser 100% reciclado e ganhar novas funções após seu uso. A Santa Luzia, por exemplo, transforma desde 2002 resíduos deste e outros resíduos plásticos em materiais de construção como rodapés, guarnições, molduras, revestimentos. A empresa já reciclou desde então mais de 45 milhões de kg de resíduos, poupando mais de 150 mil árvores que seriam derrubadas caso a matéria-prima principal fosse a madeira. Para colaborar com a reciclagem do Isopor, é fundamental separá-lo para coleta seletiva juntamente com outras embalagens recicláveis, a exemplo do que já ocorre com garrafas PET e latas de alumínio. É fundamental destinar corretamente os resíduos, sob o risco de materiais que poderiam ser reaproveitados acabarem em lixões.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em seu mais recente Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 18% do volume de lixo coletado no país ainda acaba nos lixões, um dos escapes para as quase 215 mil toneladas de resíduos geradas por dia no Brasil. Cerca de 1700 cidades não possuem qualquer iniciativa de coleta seletiva. Caso o seu município não ofereça o serviço de coleta seletiva, o Isopor pós-uso pode ser entregue a cooperativas e recicladores ou pessoalmente em um dos Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) espalhados pelo país.